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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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2222 ITCh (rãsha0<br />

Eliú acusou Jó de r e s h a ‘, acusações que Jó repeliu veementemente.<br />

Na literatura de sabedoria r e s h a aparece em contraste com “retidão” e “reto”, e se<br />

gasta tempo para mostrar como é vão e arrasador ir atrás de r e s h a ‘ (Pv 10.2; 12.3; Ec<br />

7.25; 8.8). Oséias concordou com a idéia (10.13). O salmista suplicou a Deus que pusesse<br />

a nu esse tipo de pecado (10.15), e um sábio anunciou estar comprometido com o oposto<br />

disso, a vida justa (Pv 8.7; cf. Sl 84.10 [11]).<br />

Embora Isaías tenha descrito r e s h a ‘ como um jugo, nem ele nem outros no AT<br />

consideravam r e s h a * como algo que necessariamente aprisionasse o homem para sempre.<br />

Já à época de Moisés esse homem de Deus testificou que suplicara junto a Deus para que<br />

apagasse de sua memória o pecado de Israel (Dt 9.27). O salmista pediu perdão pessoal<br />

da parte de Deus (Sl 141.4). Em Jeremias 14.2 encontra-se uma oração que reconhece ou<br />

confessa a realidade do pecado. Há uma declaração de Deus de que ele perdoará seu povo<br />

ao livrá-lo do jugo (Is 58.6), mas tal afirmação é contrabalançada por uma determinação<br />

divina de que os homens tenham uma grande responsabilidade tanto por seu pecado<br />

quanto por seu perdão (Ez 33.12).<br />

rãshã*. P erv erso , crim in o so . Esse substantivo masculino aparece 266 vezes,<br />

principalmente em Jó, Salmos, Provérbios e Ezequiel. É empregado em paralelo com<br />

quase todas as palavras hebraicas designativas de pecado, mal e iniqüidade. A palavra<br />

tem também função adjetiva para designar em termos concretos as ações e a conduta de<br />

um determinado tipo de pessoa. Às vezes o contexto aponta para a atitude e a intenção<br />

das pessoas, rã sh ã* é basicamente um fato objetivo ao invés de um fenômeno subjetivo.<br />

Mede-se o r ã s h ã ‘ tendo-se por paradigma o caráter e a atitude de Deus. As<br />

perguntas feitas por Abraão na sua intercessão deixam implícito que Deus está contra as<br />

pessoas rã sh ã * (ímpias). O mesmo ocorre em Êxodo 23.7; Jó 9.22; Salmos 37.28; Ezequiel<br />

33.11; Miquéias 6.10.<br />

Pessoas ímpias ou perversas eram culpadas da violação dos direitos sociais de outros,<br />

pois foram violentas, opressoras, avarentas, envolvidas em tramar contra os pobres e<br />

apanhá-los em armadilhas, e com grande disposição de até mesmo assassinar a üm de<br />

atingir seus objetivos. Em suma, ameaçavam a comunidade. Eram desonestas nos<br />

negócios e nos tribunais. Quanto a exemplos, vejam-se Êxodo 2.13; Números 35.31; 2<br />

Samuel 4.11. 2 Crônicas 19.2 assinala que essas pessoas odeiam o Senhor. Malaquias 3.18<br />

apresenta como uma característica importante o fato de se recusarem a servir o Senhor.<br />

Freqüentemente (80 vezes, metade delas no livro de Provérbios) r ã s h ã ‘ aparece em<br />

paralelismo antitético com ts e d e q , “justiça”, e é a partir desse contraste que se tem a mais<br />

clara descrição das pessoas do tipo r ã s h ã 1. O salmista objeta que ele não é um deles, pois<br />

eles o perseguem e se posicionam contra Deus e as suas leis. As vezes ele implora a Deus<br />

para que o proteja deles. O livro de Provérbios contém uma grande quantidade de<br />

paralelos antitéticos, nos quais se contrastam as pessoas r ã s h ã ‘ e as ts e d e q em termos<br />

de preto no branco. A atenção recai sobre a qualidade do estilo de vida e os resultados<br />

dessas duas maneiras de viver. Enquanto os perversos abandonam a Deus, os justos se<br />

apegam a ele. Embora os ímpios sejam opressores e desonestos, os justos são retos e<br />

amantes da verdade, etc.<br />

Outros antônimos incluem: ta m y “inculpável” (Jó 9.22; Pv 11.5); y a s h a r , “reto” (Sl<br />

37.37 e s.; Pv 2.21 e s.; 11.11 etc.); m a s k il, “sábio” (subst.; Dn 12.10); “o pobre” = “o aflito”<br />

Cd a l. Is 11.4; *a n i, Jó 36.6; 4ã n á w , Is 11.4; Sl 147.6), etc.<br />

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