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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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2443 IDSX2J (shãpat)<br />

1. Agir como governante. Isso podia ser feito pela congregação de Israel (Nm 18.22-<br />

28), por juizes individuais (Dt 1.16; Jz 16.31; 1 Sm 7.16, 17), por um rei (Jz 8.20), pelo<br />

Messias (Sl 72.4) ou até pelo próprio Deus (Sl 96.13). Somente Deus é capaz de, em última<br />

instância, exercer a verdadeira autoridade, pois ele é “o que julga” toda a terra (Gn 18.25;<br />

ARA., “Juiz”). Mas Moisés ao decidir sobre casos variados (quer questões criminais, de<br />

família, religiosas ou ainda outras) age em nome de Deus e por autoridade divina (Êx<br />

18.13, 15), e o mesmo é verdadeiro quanto a outros governantes na teocracia do AT (Dt<br />

1.17).<br />

2. Em destaque está o significado de s h ã p a t na ação de decidir como juiz casos de<br />

disputa na esfera civil, familiar e religiosa. Em tais casos, o dever do juiz era<br />

especificamente o de julgar com m is h p ã t, “justiça”, e tsedeq/tsed ã q â , “retidão” (veja-se Sl<br />

72.2-4), e no caso de haver acusações feitas, eles “julgarão, justificando ao justo e<br />

condenando ao culpado” (Dt 25.1).<br />

3. Pelo fato de naquela época haver o domínio da pessoa e não apenas da lei, a<br />

autoridade civil (o s h õ p ê t, “aquele que julga”) possuía autoridade tanto executiva quanto<br />

judicial. Tal pessoa também executava ou providenciava que se executassem decisões<br />

judiciais. E assim que, por exemplo, no apelo que Davi faz a Deus para que atuasse como<br />

juiz na controvérsia entre ele e Saul, Davi declara: “Seja o SENHOR o meu juiz, e julgue<br />

[sh ã p a t] entre mim e ti, e veja e pleiteie a minha causa, e me faça justiça e me livre<br />

\yishp*téni, lit., ‘me julgue’] da tua mão” (1 Sm 24.15 [16]). É por isso que palavras tais<br />

como “livrar”, “vindicar”, “condenar”, “castigar” e outros vocábulos correlatos de sentido<br />

judicial-executivo são corretamente empregadas nas traduções.<br />

4. Pelo fato de que a verdadeira autoridade pertence a Deus e de que, no final, ele<br />

agirá como juiz do mundo no grande e derradeiro julgamento, ele é s h õ p ê t exaltado e<br />

sublime (Sl 96.13; 50.6; 75.8 [7]) e, enquanto isso não acontece, por meio da providência<br />

é sempre o s h õ p ê t supremo do universo (Sl 94.2; cf. 103.19).<br />

Todos os usos acima se encontram no qal.<br />

O nifal, no sentido de reciprocidade, idéia esta que o grau ocasionalmente traz,<br />

apresenta casos em que o sentido da ação de governar se estende ao ponto de entrar em<br />

um processo litigioso. Em tais casos a preposição 'êt, “com”, precede o objeto do verbo,<br />

como na expressão “entrarei em juízo com” (Jr 2.35; cf. Ez 17.20; 20.35, 36, 3; 38.22, em<br />

cada uma dessas passagens Deus é autor da ação e espectador). “Pleitear*, no sentido<br />

legal de requerer em juízo, ocorre com certa freqüência; exemplos disso são: “pleitearei<br />

convosco perante o SENHOR” (1 Sm 12.7); “ter uma controvérsia” (Is 43.26, BDB); e<br />

“executa o julgamento” (Is 66.16, BJ).<br />

O particípio s h õ p ê t tem o sentido de juízo de denúncia, como em “os que o<br />

condenam” (Sl 109.31, IBB), “acusador” (Jó 9.15; ARA, “Juiz”) e “as sentenças que eram<br />

contra ti” (Sf 3.15).<br />

s h ã p a t, junto com o substantivo que lhe é derivado, m is h p a t, é a palavra mais<br />

comum para designar a função de governo em qualquer esfera e em qualquer<br />

manifestação. Aparentemente difere do vocábulo mais raro d in (verbo e substantivo)<br />

principalmente por ser um termo mais formal e técnico, enquanto d ín é mais poético.<br />

sh e p e t. Julgamento. Essa palavra aparece sempre no plural, s h ep ã tím . A semelhança<br />

de s h ep õ t , parece que o significado desse substantivo tem origem em s h ã p a t (BDB, p.<br />

1047), trazendo a idéia de julgamento no sentido penal, ou seja, de castigo. Em diversos<br />

casos os castigos são enviados por Deus. As pragas do Egito são s h ep õ ttm divinos (Êx 6.6;<br />

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