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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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2897 “QÇ (‘ãbar)<br />

Em quarto lugar, em aramaico bíblico a raiz ‘ãbad denota, na maioria das vezes, a<br />

idéia simples de atividade, de “fazer” uma ampla variedade de coisas (vejam-se Ed 4.22;<br />

6.8, 12, 13; 7.18; Dn 4.35; 6.10, 22).<br />

O em prego mais curioso da raiz tem que ver com o nom e de um dos três<br />

com panheiros de Daniel. Esses quatro jovens foram para o cativeiro babilônico tendo<br />

nom es claram ente hebraicos, cada um deles com sentido sim bólico relacionado com a<br />

adoração de Iavé, o Deus de Israel. Hananias e Azarias são nom es que contêm a forma<br />

abreviada do nom e Iavé e significam, respectivamente, “Yah tem sido gracioso” e “Yah<br />

tem ajudado”. Seus captores babilônicos, porém, rapidamente alteraram esses nomes<br />

hebraicos (iavísticos) para nomes babilônicos. Conquanto a etimologia dos novos nomes<br />

de Hananias (Sadraque) e Misael (M esaque) seja incerta, é bem claro o significado do<br />

novo nome dado a Azarias. Parece que Abede-Nego (‘ãbêd negô) é uma forma proveniente<br />

da dissim ilação de Abede-Nebo (acadiano abdinabu). Um aspecto da hum ilhação do<br />

cativeiro estava sim bolizado na ignomínia de ter o verdadeiro nome, que significava “Yah<br />

tem ajudado”, alterado para “escravo de Nabu” (o deus babilônio da sabedoria). Um<br />

aspecto im portante do livro de Daniel é a preocupação em ilustrar que Iavé ainda está no<br />

controle da história, a despeito de seu povo estar exilado. Relacionada com essa afirmação<br />

teológica acha-se a mensagem de que nenhum deus babilônio merece a adoração ou<br />

devoção do povo de Deus. Assim sendo, embora os babilônios tenham podido m udar o<br />

nome daquele jovem para Abede-Nego (“escravo de Nabu”), sua fé permaneceu firmada<br />

unicam ente em Iavé. E nesse sentido que Azarias (“Yah tem ajudado”) pôde dizer junto<br />

com os seus dois amigos: “Se o nosso Deus, a quem servimos (não ‘ãbad, mas p*lah, em<br />

toda a passagem), quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e das tuas<br />

mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses” (Dn 3.17-18).<br />

‘á b a d , ‘ã b ê d . E scra v o , servo. Esse vocábulo designa a pessoa que realiza a ação<br />

descrita pelas formas verbais. Em aramaico bíblico a palavra se refere tanto a um servo<br />

de Deus (vejam-se Dn 3.26, 28; 6.21; Ed 6.11) quanto ao servo de um rei humano (veja-se<br />

Dn 2.4, 7; Ed 4.11).<br />

‘ã b id â . S erv iço , tr a b a lh o , ritu a l, a d o ra çã o . Os usos dessa palavra em Esdras se<br />

referem ao trabalho feito na reconstrução do templo em Jerusalém (Ed 4.24; 5.8; 6.7) bem<br />

com o às atividades em geral de sacerdotes e levitas, as quais, em associação com o ritual<br />

e a adoração espiritual (Eki 6.18), constituem serviço a Deus.<br />

m a ‘ã b a d . A ç ã o (d e D eu s n a h istó ria ). Encontrada apenas em Daniel 4.37 [341, essa<br />

palavra é empregada para descrever o tratamento dispensado pelo Deus dos céus a<br />

Nabucodonosor. O rei humano, ao reconhecer que o tratamento que Deus lhe dispensara<br />

era justo e correto, também admitiu a sua própria pecaminosidade e fragilidade em<br />

com paração com o Deus soberano.<br />

C.D.I.<br />

2897 "QI? (‘ãbar) r e g iã o o p o sta , a lém de. Essa palavra é em pregada no aramaico<br />

bíblico apenas na expressão “além do rio”, ou seja, a região a oeste do Eufrates. Vejase<br />

a análise do uso sem elhante em hebraico no verbete ‘ãbar, n? 1556. Em aramaico<br />

bíblico, com o também em hebraico, a expressão “do outro lado do rio” não deve ser<br />

1718

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