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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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1235 Cv (m itsrayim )<br />

Por terem comido pães asmos na noite em que partiram do Egito (Êx 12.8) e durante<br />

as primeiras etapas de sua peregrinação (Êx 12.39), a partir de então anualmente o s I<br />

israelitas comiam pães asmos junto com ervas amargas por ocasião da Páscoa, fosse essa<br />

a primeira ou a segunda páscoa (Êx 12.14-20; Nm 9.10). Comida junto com ervas 1<br />

amargas, o pão asmo era chamado de “pão de aflição” (Dt 16.3). De início, a Páscoa, uma<br />

comemoração de uma única noite, distinguia-se da festa dos pães asmos, que ocorria no3 1<br />

sete dias seguintes à Páscoa. Mas as duas festas podem ser consideradas como Páscoa ou<br />

como “festa dos pães asmos”. O comer o pão sem fermento começava ao fim da tarde do<br />

dia catorze do mês de nisã (Êx 12.15, 18; 13.6; 34.18; Lv 23.6; Nm 28.17; Dt 16.3; Ez<br />

45.21) e prosseguia por sete dias (Dt 16.8 fala de seis dias, sendo que o sétimo é<br />

apresentado como um dia de assembléia solene). Por esse motivo a época era chamada de<br />

festa dos pães asmos ( h a g h a r n m a t s t s ô t, Êx 23.15; 34.18; Lv 23.6; Dt 16.16; Ed 6.22; 2 Cr<br />

8.13; 30.13, 21; 35.17). Israel observou esse costume em Gilgal, quando estava entrando<br />

na Palestina (Js 5.11).<br />

“ISC ( m ê t s a r ) . Veja o n? 1 973f.<br />

J.P.L.<br />

1235 ( m i t s r a y i m ) E g i t o .<br />

A palavra hebraica é de derivação incerta, mas está relacionada com o nome próprio<br />

acadiano M i t s r ( M u t s u r ) e o nome próprio árabe M i t s r , que designam o Egito. Em<br />

hebraico, na forma o nome próprio designativo do Egito encontra-se no dual, indicando<br />

as duas divisões básicas daquele país: o alto Egito (sul do Egito) e o baixo Egito (a região<br />

do delta do Nilo). A razão da identificação do alto com o sul e do baixo com o norte é que<br />

o rio Nilo flui das regiões mais altas, ao sul, para as mais baixas, ao norte. Os próprios<br />

egípcios referiam-se à sua terra como t3 w y , “duas terras”, ou K e m i t “Terra Negra”, sendo<br />

que esta última expressão refere-se ao terreno viçoso e irrigado que constituía as margens<br />

do Nilo. O nome Egito, palavra que vem do grego, possivelmente remonta à expressão<br />

egípcia H i - k u - P t a h , a “Casa do espírito de (o deus) Ptah”, uma antiga designação de<br />

Mênfis (que na Bíblia leva o nome de n õ p ; cf. IBB mrg.).<br />

Em rápidas palavras, pode-se por conveniência dividir e salientar a história egípcia<br />

nos seguintes e importantes períodos: 1) Reino Antigo/Período das Pirâmides/dinastias<br />

terceira a sexta (2700— 2200 a.C.); 2) Reino Médio, especialmente a décima segunda<br />

dinastia (2000— 1800 a.C.); 3) Reino Novo ou Período Imperial, dinastias décima oitava<br />

a vigésima (1570— 1090 a.C.); 4) período etíope, especialmente a vigésima quinta dinastia<br />

(715— 663 a.C.); 5) dinastia saítica e vigésima sexta (633— 525 a.C.); 7) dinastia<br />

ptolemaica (306— 30 a.C.). De modo geral, a história do antigo Egito experimenta um<br />

desenvolvimento que, graficamente, poderia ser ondular. A períodos de inovações, grandeza<br />

e expansão seguem-se épocas de encolhimento, retraimento e surgimento de<br />

movimentos centrífugos, e o ciclo se repete.<br />

É difícil, praticamente impossível, apontar denominadores comuns na religião do<br />

Egito ao longo de quase três mil anos de desenvolvimento. O espectro religioso vai desde<br />

um politeísmo grosseiro até um “monoteísmo” solar. A religião egípcia jamais definiu um<br />

Deus supremo aceitável a todos. Esse Deus foi Aton, Ra, Hórus ou Amon-Ra? Por outro<br />

lado, ninguém há de negar que um dos aspectos distintivos da religião dos egípcios era<br />

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