DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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cie seu povo, este pensava nele sob o aspecto de sua revelação por excelência no Sinai (cf.
o raro demonstrativo e relativo hebraico zü).
O uso pejorativo de zeh também se vê em versículos em que pode ser traduzido “tal”.
Quando Bildade descreve as calamidades que sobrevêm ao ímpio, afirma: “Tais são, na
verdade, as moradas do perverso...” (Jó 18.21). O próprio Jó lamenta a fragilidade do
homem e pergunta a Deus: “E sobre tal abres teus olhos...?” (Jó 14.3).
zeh também é ligado encliticamente a uma variedade de pronomes interrogativos com
o propósito de fortalecê-los. O Senhor pergunta enfaticamente: “Onde ( ’ê zeh) está a casa
que me ediãcareis vós?” (Is 66.1). Um Deus todo-poderoso jamais poderia ser contido num
templo feito por homens. Muitas vezes este tipo de pergunta envolve emoções fortes.
Observe-se o clamor de Moisés perante Deus: “... Por que, afinal, (lãmmá zeh) me
enviaste?” (Êx 5.22), ou a queixa dos israelitas a Moisés: “Por que, afinal, saímos do
Egito?” (Nm 11.20). Em tais exemplos, “afinal” é uma tentativa de expressar a presença
de zeh.
zeh :ou seu feminino zõ't) também é usado em combinação com preposições. Por
exemplo, búzõ’t pode significar “a despeito disso” (Lv 26.27; Sl 27.3). A forma bázeh
significa “aqui” em Gênesis 38.21, 22 e Números 23.1. provavelmente uma elipse de “neste
lugar”.
H.W.
529 znr (zhb). A ce ita co m o ra iz de:
529a
~T (zãhãb) ouro.
Este é o mais básico de vários termos hebraicos para ouro, embora seja modificado
por uma scric de adjetivos que se referem a tipos diversos de ouro. A maior parte das
referências a ouro no AT está relacionada ao tabernáculo ou ao templo e ao palácio
construídos por Salomão.
Ouro “bom” é mencionado em conexão com o jardim do Éden, em Gênesis 2.12. Ouro
puro (tãhôr) aparece várias vezes em Êxodo. A arca da aliança foi revestida de ouro puro,
e havia um friso de ouro à sua volta (Êx 25.11). O castiçal foi feito de ouro puro batido
(miqshâ) em uma única peça, sua base, haste e braços (37.17, 22). Os querubins também
foram feitos de ouro puro batido (25.18). Fios de ouro foram usados para fabricar a estola
sacerdotal usada pelo sumo sacerdote (Êx 28.6).
Na era salomônica o ouro puro é chamado de sãgúr, talvez cognato do acadiano
scikru. Pode ter sido ouro batido em folhas finas para ser usado em revestimentos. O
Santo dos Santos do templo era revestido com este ouro puro (1 Rs 6.20), e do mesmo
material foram feitos os candelabros (1 Rs 7.49). Os utensílios que Salomão usava na casa
do Líbano também eram de ouro puro (1 Rs 10.21 = 2 Cr 9.20). Salomão fez escudos de
ouro batido (shahút). em liga com algum metal para torná-los mais resistentes (1 Rs
10.16). Seu trono de marfim foi revestido de “ouro refinado” (rnúpãz, 1 Rs 10.18). Muito
ouro foi levado da região de Ofir para Israel durante o reinado fabuloso de Salomão (1 Rs
9.28; c f Sl 45.9110].
Os israelitas foram advertidos a não fazer ídolos de prata ou ouro, mas a adoração
ao bezerro de ouro foi um problema constante (Êx 32.3, 4; 1 Rs 12.28). Quando Deus
castigou os filisteus por terem-se apoderado da arca da aliança, eles fizeram cinco réplicas
em ouro das suas hemorróidas ou tumores (cf. ‘õpel) e cinco ratos de ouro como oferta pela
culpa ao Senhor (1 Sm 6.4).
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