DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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sentido da raiz é “estar completo, íntegro”. O verbo talvez seja denom inativo, visto que
aparece apenas duas vezes, ambas em Ezequiel 27 (v. 4, 11). Esses dois usos verbais estão
associados com “form osura”. A tradução “perfeição” ou “excelência” só aparece quando a
raiz tem essa associação com a idéia de beleza (cinco vezes em Ezequiel [quatro vezes
referindo-se a Tiro], uma vez em Lam entações 2.15 e uma vez em Salm os 50.2, sendo
ambas referências a Jerusalém como a “perfeição [ou excelência] da form osura” .
k õ l. T o d o , t o d a , t o d o s , t o d a s , c a d a , q u a l q u e r , a t o t a l i d a d e d e , n e n h u m . Uma
partícula m uito comum, que ocorre aproxim adam ente 5 400 vezes. A exceção de umas 800
vezes, todos os demais casos encontram-se numa relação genitiva com a palavra seguinte,
tendo então o significado de “a totalidade de (algo)” . Em geral é traduzida por “todo, toda,
todos, todas”, caso a palavra seguinte esteja no plural, e por “cada”, caso a palavra
seguinte esteja no singular e não leve artigo. Tam bém pode ter um sufixo apenso a ela:
“a totalidade de [ele, ela, e t c . ] ” , “todo [ele, ela, e t c . ] ” . Esta form ação em particular pode
então vir após um determinado substantivo, enfatizando o aspecto de totalidade (2 Sm
2.9). Tam bém pode ser em pregado dessa m aneira estando o substantivo subentendido,
como acontece em Isaías, quando o profeta, ao falar da corrupção de todo o povo, disse:
“a totalidade dele ama o suborno” (1.23; ARA, “cada um deles...” ; c f. tam bém 9.17 [16]). Em
alguns contextos denota “todos os tipos de”, “de toda espécie” . Foi assim que Eliezer levou
consigo “tudo dos bens de [seu senhor]” (lit.), isto é, uma “grande variedade de bens” (Gn
24.10; cf. Lv 19.23).
k õ l tam bém pode aparecer independente de outras palavras, ou absolutam ente, para
exprim ir a idéia de “tudo”. O sentido em que a palavra deve ser interpretada tem de ser
dado pelo contexto (c f Jr 9.3). Quando empregado com o artigo, refere-se a algo recémm
encionado (Lv 1.9; e t c . ) ou, num sentido mais amplo, a toda a criação. Tais passagens,
como Salmos 103.19; 145.9 e Jerem ias 51.19 usam essa construção ao expressar a idéia
do senhorio de Deus sobre todas as coisas.
k ã lil. P e r f e i t o , i n t e i r o , n a s u a i n t e i r e z a , t u d o . Um substantivo usado como adjetivo
e como verbo. Ocorre 15 vezes e exprime totalidade tanto de realização quanto de
destruição.
O substantivo k ã l i l é empregado de três maneiras, todas elas intim am ente
relacionadas entre si, e tem que ver com a idéia de inteireza ou perfeição. Quatro
ocorrências dizem respeito à beleza e, conforme assinalado acima, são traduzidas por
“perfeito” . Diz-se que aquilo que é belo na sua inteireza é de um a beleza perfeita. Fala-se
de Israel nesses termos (Ez 16.14). A sua beleza é a da noiva escolhida do Senhor, mas
ela prostituiu sua beleza com outros amantes de m aneira que o resultado final é a
destruição e a pergunta zombeteira registrada em Lam entações 2.15: “E esta a cidade que
denom inavam a perfeição da form osura?”. O termo tam bém é em pregado com esse sentido
para designar Tiro e seu rei (Ez 27.3 e 28.12; cf. tam bém os usos verbais em 27.4, 11).
Todos esses usos lem bram o leitor de que, sem submissão ao Senhor, a beleza perfeita
pode no final ser mais uma m aldição do que uma bênção.
Três ocorrências têm que ver com confeccionar um objeto de um a única cor, a saber,
azul. Em duas oportunidades a menção é à sobrepeliz da estola sacerdotal (Ex 28.31;
39.22), e a terceira referência (Nm 4.6) é ao pano que devia cobrir a arca enquanto
estivesse sendo transportada.
As dem ais ocorrências de k ã l i l (oito ao todo) referem-se à destruição total. Dessas,
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