DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

1380 SOI (nãsa0
bastante apropriada de algo m aior que estava por vir (c f Jo 3.14-15). nês também é
em pregado em Números no sentido de “sinal” ou “advertência” (26.10).
B ib lio g r a fia : — E n cy clo p e d ia Judaica* New York, M acm illan, 1971, v. 6, p. 1334-
8. — VAUX, Roland R. de, Ancient Israel, p. 227, 251. — ZPEB, v. 1, p. 461-3. — YADIN,
Yigael, The art o f warfare in Bibíical lands. 2 vols. M cGraw-Hill, 1963.
M .R.W .
1380 (nãsa1) /, usado principalmente no grau qal e traduzido por a r r a n c a r ,
rem o v er, p ô r -s e a ca m in h o , ir em fren te, p a r tir , fa z e r u m a viagem ,
Termos Derivados
1380a I2GÇ (massa°) a rra n ca d a , a ç ã o d e le v a n ta r a ca m p a m en to .
1380b PGO 0massã0 p e d r e ir a , e x tr a ç ã o (d e p ed r a s ), p r e p a r a ç ã o (d e p ed ra s ).
O sentido que a raiz tem de “arrancar estacas de tendas”, i.e., para levantar
acampam ento (c f Is 33.20; observe-se também Jz 16.3, onde Sansão “arrancou” [a r a ,
“tom ou”! do chão os batentes da porta), deu origem ao sentido derivado de “pôr-se a
cam inho” ou “fazer viagem ” — o sentido usual desse verbo freqüente. A literatura
ugarítica tam bém atesta essa raiz {cf. UT 19: n? 1 254; AisWUS n°. 1 803, herausreisen,
“prosseguir viagem ”).
O verbo nãsa‘ ocorre, junto com seus derivados, cerca de 160 vezes. No entanto, mais
de 80 por cento dessas ocorrências se encontram no Pentateuco, com quase 100
referências apenas no livro de Números. Considerando-se a natureza da idéia verbal,
nása‘ encaixa-se bem no contexto da vida dos hebreus desse período rem oto. Antes da
conquista, eles eram um povo basicamente seminômade, itinerante e m orador de tendas.
Com o viajantes no deserto, a cada m anhã arrancavam as estacas das suas tendas,
dobravam as tendas e punham-se a caminho, junto com seus rebanhos de gado m iúdo e
graúdo, para a próxima etapa de sua jornada. Assim, para os hebreus errantes, a idéia
de “arrancar” ou “levantar acampamento” (c f massa‘ em Nm 10.2) deu origem ao sentido
mais comum de “pôr-se a cam inho” (Nm 10.6). Nesse sentido vale observar que na lista
das várias etapas da jornada de Israel desde o Egito até a fronteira de Canaã, em
Núm eros 33, nãsa\ “partiram”, aparece 42 vezes.
Na época do AT “pôr-se a cam inho” normalmente indicava a ação de em preender
viagem e viajar para algum lugar. Isso deu, então, origem a expressões de hendíadis como
“ponde-vos a cam inho e ide” (IBB, Dt 1.7; 2.24). O patriarca Jacó “partiu” ou “viajou” por
Canaã (cf Gn 35.16; 46.1). Os israelitas “partiram” de Eüm e viajaram até o deserto de
Sim (Êx 16.1). De Refidim “partiram" para o deserto de Sinai (Êx 19.2). Quarenta anos
depois “o povo partiu das suas tendas, para passar o Jordão” (Js 3.14). As vezes nãsa‘ tem
a conotação de “partir” no sentido de “ir em frente” ou “prosseguir”. Quando Israel fugiu
do Egito e, de repente, se viu barrado pelo m ar Vermelho, o Senhor disse a Moisés: “Dize
aos filhos de Israel que marchem [nãsaY (Êx 14.15). Posteriormente os israelitas foram
instruídos a “cam inhar avante [nãsa*]” apenas quando a nuvem se levantasse de cim a do
tabernáculo (Êx 40.36-37). Não somente pessoas são objeto do verbo nãsa'; também se diz
acerca de outras coisas que elas “partiram”, tais com o o estandarte de uma tribo (Nm
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