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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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744 *Dnn (hãrarn)<br />

religiosas. Por exem plo, o ouro, a prata, o bronze e o ferro de Jericó tiveram essa<br />

destinação (Js 6.19, qõdesh layhwh).<br />

G eralm ente háram significa o interdito de algum a coisa para sua total destruição,<br />

a consagração com pulsória de algo que im pede o trabalho de Deus ou a ele resiste e que<br />

é considerado am aldiçoado perante Deus. A idéia aparece pela prim eira vez em N úm eros<br />

21.2, 3, onde os israelitas fizeram voto de que, se Deus lhes perm itisse derrotar certo rei<br />

do sul de Canaã, eles iriam “destruir totalm ente” 3uas cidades (i.e., considerá-las<br />

consagradas a Deus e, portanto, destruí-las totalm ente). Em prega-se essa palavra com<br />

referência a quase todas as cidades que as tropas de Josué destruíram (e.g., Jericó, Js<br />

6.21; Ai, Js 8.26; M aquedá, Js 10.28; Hazor, Js 11.11), desse m odo indicando a base lógica<br />

para assim procederem . Em D euteronôm io 7.2-6 encontra-se a ordem de que se destruísse<br />

dessa m aneira, vindo em seguida a explicação de que, de outro m odo, essas cidades<br />

seduziriam os israelitas para longe do Senhor (cf. Dt 20.17, 18). Q ualquer cidade israelita<br />

que acolhesse idólatras devia ser “com pletam ente destruída” (D t 13.12-15; cf. Êx 22.19).<br />

U m hom em que fosse o objeto consagrado a Deus ficava debaixo do m esm o interdito.<br />

Levítico 27.28, 29 declara que tal pessoa devia ser m orta. D ificilm ente ela poderia ser<br />

designada para o serviço cerim onial, pois esse era o trabalho dos levitas. No entanto, para<br />

harm onizar esta regra com o sexto m andam ento (Êx 20.13; cf. 21.20), a idéia deve ter sido<br />

de que as pessoas assim consagradas eram prisioneiros de guerra, tais com o os de Jericó,<br />

ou outros sob interdito, por exem plo, os am alequitas (1 Sm 15.3).<br />

Com o a raiz qãdash, “ser santo”, tam bém transm ite a idéia de separar do uso<br />

ordinário num a entrega a Deus (especialm ente no piei), devem os fazer distinção entre<br />

objetos separados por serem “consagrados” e os separados por serem “santos”. Num texto<br />

considerado acim a, Levítico 27.28, 29, os dois sentidos são colocados ju ntos pelo fato de<br />

que a coisa consagrada era considerada santíssim a para Deus. Isso sugere que am bas as<br />

idéias estavam intim am ente relacionadas e eram válidas quanto a objetos consagrados<br />

para o serviço cerim onial. M as quanto aos objetos que deviam ser destruídos, eram<br />

considerados ofensivos a Deus e danosos para o seu trabalho. Objetos separados por serem<br />

santos eram agradáveis a ele e úteis.<br />

Poucas vezes a raiz é usada com respeito a nações estrangeiras que “destruíram<br />

totalm ente” um a cidade ou país (cf. 2 Rs 19.11; 2 Cr 20.23). A inscrição de M esha talvez<br />

esclareça a questão. Na linha 17 o rei M esha (cf. 2 Rs 3.4) em prega a palavra ao explicar<br />

que m atou todos os m oradores de Nebo porque tornou a cidade “consagrada” ao seu deus<br />

Cam os.<br />

h é r e m . C o isa c o n s a g r a d a , d e v o ç ã o , in terd ito . Este substantivo derivado é usado 28<br />

vezes no AT para designar ou o objeto consagrado, ou o próprio interdito. O relato da<br />

queda de Jericó diante de Israel oferece exem plos claros do prim eiro uso. A cidade inteira<br />

é literalm ente cham ada de “coisa consagrada” (Js 6.17; cf. BJ, “consagrada com o<br />

anátem a” ), e todos os israelitas são advertidos para não ficarem com nada da “coisa<br />

consagrada”, o que provavelm ente é um a referência ao que existia dentro da cidade, sendo<br />

que deveria ser queim ado tudo o que fosse inflam ável, e o que não fosse deveria ser dado<br />

a Deus. Quando Acã desobedece e apanha algum as dessas coisas, o exército de Israel é<br />

derrotado pelo povo de Ai, e Deus diz que agora Israel tornou-se ele próprio “coisa<br />

consagrada” até que a “coisa consagrada” (Acã no seu pecado) seja destruída do m eio do<br />

povo (Js 7.12, 13). Dessa m aneira, Jericó, a cidade pagã, foi “consagrada” porque estava<br />

no m eio do cam inho que Deus queria percorrer através de Israel, que era conquistar<br />

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