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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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2252 ]OÕ (é à t a n )<br />

2252 (éãtan) ser adversário, resistir, acusar. V erbo denom inativo.<br />

Substantivo de Origem<br />

2252a tjÇÈ? (.sãtãn) adversário, oponente.<br />

2252b njCpÇp (éitnâ) inim izade, acusação.<br />

O verbo sãtan ocorre seis vezes no AT, freqüentemente em formas participiais que<br />

designam aquele que guarda rancor ou alimenta animosidade.<br />

Davi fez uso desse verbo para descrever os seus adversários (Sl 38.20; 109.4), que lhe<br />

estavam retribuindo m al por bem . Ele orou para que fossem derrotados (109.20, 29; cf.<br />

71.13). Com o substantivo (“Satanás”, ara) representa aquele que acusa no tribunal (Zc<br />

3.1; nessa passagem aparecem tanto o substantivo, “Satanás”, quanto o verbo, “acusar”<br />

[ARA, “opor”])- A nalogam ente, o substantivo sitnâ descreve um a acusação escrita (Ed 4.6);<br />

anteriorm ente tinha sido o nom e (“Sitna”, i.e., inim izade) dado a um poço pelo qual houve<br />

briga (G n 26.21).<br />

sãtãn. Adversário, oponente, Satanás. A form a nom inal éãtãn identifica os<br />

adversários de Salom ão (1 Rs 11.14, 23, 25; cf. 5.4; 1 Sm 29.4). D avi referiu-se a A bisai,<br />

o vingativo oficial de seu exército, com o um sãtãn (2 Sm 19.22 [23]). A liás, quando se<br />

opôs a Balaão, o Cristo pré-encarnado, ou Anjo de lavé, poderia ser descrito ou m esm o<br />

identificar-se com o um sãtãn (N m 22.22, 32).<br />

Ao longo da história o mais destacado adversário do hom em tem sido Satanás, “a<br />

antiga serpente” (Ap 12.9). Ele é um anjo poderoso (cf. sua aparição ju nto com outros<br />

“filhos de D eus” em J ó 1.6; Jd 9). [Se Satanás tam bém era ou não um querubim depende<br />

da interpretação que se faça de Ezequiel 28.12-16. Esses versículos condenam o rei de<br />

Tiro, m as não se lim itam a ele, pois o com param com alguém perfeito que esteve no Éden,<br />

foi criado perfeito e m ais tarde caiu. Já foi proposto que essa referência é a A dão ou entâo<br />

a Satanás.<br />

Existem três razões em favor da identificação desse rei com Satanás: 1) É possível<br />

que Ezequiel tenha desejado contrastar o príncipe de Tiro (28.1-10) com o rei de Tiro<br />

(28.11-19). Enquanto o príncipe é um hom em com pretensões de ser D eus e chegar ao céu,<br />

o rei é um ser celeste lançado fora do céu. 2) A essa época o rei de Tiro era m alkart,<br />

palavra que significa “rei da cidade”, de m odo que seria o rei de Tiro. 3) O apóstolo Paulo<br />

identifica o pecado de Satanás com o orgulho (1 Tm 3.6), o pecado desse rei (v. 17). Esta<br />

é, possivelm ente, a única passagem do AT em que poderia ter baseado essa idéia.<br />

Pode-se im aginar a m ensagem sendo dirigida a Satanás na pessoa do rei de Tiro, da<br />

m esm a m aneira com o Cristo repreendeu aquele anjo m au por m eio de Pedro (M t 16.23).<br />

A dem ais, caso “Éden, [o] jardim de D eus” (Ez 28.13), se refira a um jardim celeste,<br />

habitado por anjos (observe-se com o, no v. 14, as expressões “m onte santo de D eus” e<br />

“pedras de fogo” [lit.] não se harm onizam com o Éden terreno), pode ser então que aqui<br />

a palavra seja dirigida a Satanás na condição de “querubim ... ungido” (v. 14) ou de um<br />

querubim de grande poder (cf. m im shah), o que é inaplicável a Adão.<br />

De outro lado, caso esse Éden seja o Éden terreno de G ênesis 2-3 e caso o “m onte”<br />

e as “pedras” sejam referência ao rei pagão assentado em seu tem plo em Tiro e iludido por<br />

suas bem -sucedidas em preitadas com erciais (cf. v. 16), então a queda do m onarca pode<br />

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