DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

2381 nrü? (shãkab)
Senhor (73.28), mas que os incrédulos, de modo repulsivo, “põem” Qit.; a r a, “desandam”)
a boca contra os céus (73.9).
B ib lio g r a fia : — DUK, H. J. van. A neglected connotation o f 3 Verbs. VT 18:16-30
(sh.it em Êx 10:1; Num 12:11; Ps 9:21 eqüivale a “trazer”). — WARD, W. Egypto-Semitic
roots. Orientalia 31:407.
V.P.H.
2381 (shãkab) d eita r-se.
Termos Derivados
2381a tniDS? (sh*kãbã) ca m a d a .
2381b (shekõbet) cóp u la .
2381c
(m ishkãb) leito.
shãkab aparece na maioria das vezes no qal, basicamente com o sentido de “jazer”
ou “deitar-se (para ter relações sexuais)”.
Sempre que os derivados de shãkab (vejam-se abaixo) são empregados num contexto
de relações sexuais, tais relações são ilícitas (Gn 30.15, 16: 2 Sm 11.11 talvez sejam
exceções). Isso é igualmente válido em relação ao próprio verbo shãkab. Em um caso, é
empregado em injunções legais que proíbem certos tipos de conduta sexual. Êxodo 22.16
[15] proíbe a fornicação: “Se alguém seduzir qualquer virgem, que não estava desposada,
e ‘se deitar’ com ela, pagará seu dote e a tomará por mulher”. Deuteronômio 22.22
estabelece a pena de morte para duas pessoas apanhadas em adultério: “Se um homem
for achado ‘deitado' com uma mulher que tem marido, então ambos morrerão”. Levítico
18.22 e 20.13 empregam shãkab na sentença que proíbe relações homossexuais: “Se
também um homem se deitar com outro homem, ... serão mortos”. Finalmente, em
Deuteronômio 27.21, a lei amaldiçoa aquele que “se deitar” (IBB) com algum animal.
É atordoador pensar que, para as aberrações sexuais acima, em geral a lei previa a
pena de morte. Na verdade a Bíblia não fala em que medida o castigo era
sistematicamente aplicado. Mas por que as Escrituras atacam tão vigorosamente a
interferência na ordem natural das relações sexuais? Será que uma razão não poderia ser
a de que Israel estava cercado de culturas em que tais práticas eram costumeiras no nível
humano e m esmo no religioso? Talvez um dos aspectos mais degradantes das religiões
pagãs seja o fato de a expressão religiosa e a sexual freqüentemente serem a mesma
coisa. Isso, contudo, não era uma sacramentalização do sexo, mas sim uma erotização da
religião.
Fora de textos jurídicos, emprega-se shãkab em trechos narrativos que descrevem
incidentes de comportamento impróprio. As filhas de Ló embriagaram o pai e então se
deitaram com ele (Gn 19.32 e ss.). Um dos súditos de Abimeleque quase inadvertidamente
cometeu adultério com Rebeca (Gn 26.10). Usa-se o verbo para descrever o estupro de
Diná, filha de Jacó, por Siquém (Gn 34.2, 7). Rúben se deitou com Bila, concubina de seu
pai, enquanto Jacó estava fora (Gn 35.22). Os filhos de Eli se dedicavam a conquistas
sexuais em seus momentos de ócio (1 Sm 2.22). Amnon violentou sua meia-irmã Tamar
(2 Sm 13.11, 14), sem dúvida alguma copiando as atividades de seu próprio pai com Bate-
Seba (2 Sm 11.4).
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