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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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1110 02*? (lãtash)<br />

1109a<br />

(rtã’â) um tipo de lagarto (Lv 11.30; ARA, “lagartixa”).<br />

1110 09*7 (Lãtash) martelar, afiar, amolar.<br />

1111 n1? '1? (layelâ), (layil) noite.<br />

Ao contrário do que se vê no //in o a Aton, dos egípcios, no qual a noite é vista com<br />

receio porque o sol (Aton) foi para casa, o AT insiste em que as trevas e a noite foram<br />

criadas por Deus (Gn 1.4, 5; Sl 74.16). De noite Deus está acordado, cuidando dos animais<br />

da floresta (Sl 104.20-22) e protegendo os homens de pestes (Sl 91.5-6). Na verdade, a<br />

própria alternância e regularidade de dia e noite é resultado da aliança de Deus com cada<br />

um (Gn 8.22; Jr 33.20, 25) e, dessa maneira, cada dia e noite que se sucedem são um<br />

lembrete da fidelidade de Deus para com sua outra aliança com Abraão e Davi (Jr 33.21-<br />

26). Para Deus a noite é tão clara quanto o dia (Sl 139.11-12).<br />

De todas as 242 ocorrências desta palavra, a noite mais memorável foi aquela em que<br />

Deus livrou seu povo da escravidão (Êx 11.4; 12.12, 29). Ela é anualmente relembrada na<br />

Páscoa. Em conexão com isso são instrutivos os três dias e três noites de 1 Samuel 30.12.<br />

O versículo 13 claramente diz: “adoeci, hoje o terceiro [dia]” (lit.). Pode-se, portanto,<br />

concluir que essa expressão é uma fórmula estereotipada usada para indicar qualquer<br />

parte de um período de três dias, não sendo uma afirmação de que 72 horas se passaram<br />

Ccf. os três dias e três noites de nosso Senhor).<br />

Em outras passagens a noite aparece como um tempo de tribulação, choro, sofrimento<br />

e comunhão com Deus (Is 30.29; Jó 7.3; Sl 6.6 [7]; 77.2 [3]; Is 26.9; Sl 1.2; 42.8 [9]; 77.6<br />

[7]; 88.1 [2]; 92.2 [3]; 119.55).<br />

W .C.K.<br />

1112 ST*?'1? (lilit) Lilite (EBB; ARA, “fantasma”).<br />

Uma deusa conhecida como um demônio noturno que habita os lugares devastados<br />

de Edom (Is 34.14). Edom está arruinado de um modo tão completo que somente gatos<br />

selvagens, sátiros e Lilite permanecerão ali.<br />

Na literatura rabínica posterior, Lilite é descrita como uma criatura com asas e<br />

cabelos longos e esvoaçantes. Sem dúvida ela personifica a noite ou o pôr-do-sol.<br />

Na literatura ugarítica ela recebe sacrifícios (UT 23:7) e é invocada num hino (UT<br />

104), onde é chamada de “a noiva de véu” (klt.mk[ktmt]) e de “nossa senhora” (bltn). O<br />

primeiro título ela compartilha com a deusa babilônica Ishtar.<br />

Na realidade, deve-se estabelecer uma correlação entre esses espíritos noturnos e o<br />

nome masculino Lilis. Esta forma masculina abrange seres de ambos os sexos, conforme<br />

se vê explicitamente em uma das muitas referências existentes nas Bacias Mágicas<br />

Aramaicas (veja Cyrus H. Gordon, Archiv Orientální, 6:322). Lilite aparece como La-le em<br />

A Linear e como lly na fórmula fenícia de encantamento encontrada em Arslan Tash. No<br />

trecho de Isaías, o profeta não incentiva a adoração nem o respeito a essa divindade<br />

demoníaca. O nome talvez esteja sendo simbolicamente usado para designar devastação.<br />

Não seria possível que aquilo que era um demônio noturno na cultura pagã fosse<br />

apenas um animal noturno (como na ARC), talvez um morcego ou uma coruja, em Israel?<br />

Os pagãos, com seu animismo, enchem a realidade de espíritos. Cf. o hebraico, reshep,<br />

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