DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

1343 ^n: (nhl)
B ib lio g r a fia : — CRANFTELD, C. E. B., Inherit, RTWB, p. 112-4. — EASTON, Burfc
S., H cir, In: ISBE. p. 1369. — FOESTER, W . e Herrman, J., In: TWNT, v. 3, p. 757-86.
HlRSCH, F. E., Inheritance, In: ISBE. p. 1468. — TDNT, v. 3, p. 769-81.
1343 Tilj (nhl). II. A c e ita c o m o r a iz d e:
1343a
(nahal) /, u á d i, to rren te.
1343b T m (nahal) / / , p a lm e ir a (Nm 24.6, som ente). Significado incerto.
n a h a l. I. U á d i, to r r e n te , v a le d e to r r e n te , rio , p o ç o (d e m in a ). Este substanti
geralm ente se refere ao leito seco de rio ou à ravina, que, na estação das chuvas, tornai
um a torrente caudalosa, com o tam bém à torrente resultante (J. B. S. S. THOMPSON, Rivc
In NBD, p. 1098). O ugarítico nhhl (UT 19: n? 1 636) e o acadiano nahlu têm o mesn
significado. A palavra tam bém pode indicar um ribeiro ou rio perene (Lv 11.9; 1 Rs 18.40X
A ocorrência da palavra em Jó 28.4 é, aparentem ente, um hápax no sentido (cf. KB).
Sinônim os de “torrente”, “rio”, são: nãhãr, “curso d ’água perm anente” (KB); y e’ôr (do
egípcio jrw ), “ribeiro”, “canal” (geralm ente apenas para referir-se aos cursos d ’água do
Egito); peleg, “canal de irrigação”; ’ãpiq, “a parte mais profunda e central de um vale em
que flui água” (KB). Vejam -se tam bém yübãl, ’übãl. Sinônim os de “vale fluvial” são: ga/* .j
“vale”, ‘êm eq, “vale”, “várzea”, biq‘â, “planície de vale”. O vocábulo tam bém aparece com o
nahlâ (Sl 124.4, “torrente”; Ez 47.19; 48.28, “ribeiro do Egito” [a palavra “Egito” está
im plícitaj). Ocorre 139 vezes.
D euteronom io 21.4; Am ós 5.24; Salm os 104.10; 110.7, deixam claro que a raiz indica
torrentes de água corrente. Todos os ribeiros m encionados 0e.g., nas histórias de Elias) são
essas torrentes que aparecem e desaparecem rapidam ente. Entre os uádis mais
conhecidos encontram -se o ribeiro do Egito, ou uádi el-‘A rish (M. G. KYLE, Egypt, the
brook of, em ISBE, p. 523). Esse “ribeiro” talvez fosse a linha divisória entre o E gito e
C anaã (Nm 34.5). U m a segunda identificação possível é o braço do N ilo conhecido com o
Shihor ou Pelusíaco. Para um levantam ento dos argum entos em torno do assunto, veja-se
K. A. KlTCHEN, River o f Egypt, em NBDf p. 354. Quanto a um a lista de todos os n*hãlim,
veja-se KB. É interessante observar que o Pentateuco é consistente no uso de nahal (13
vezes) e nãhãr (13 vezes) para designar cursos d’água localizados fora do Egito, ao passo
que cursos d’água dentro do Egito são consistentem ente cham ados d e y*’ôr (30 vezes). Isso
revela “não um a capacidade artística no uso de um a língua, mas a experiência que
proporciona um a habilidade tão grande a ponto de dar-se atenção a um detalhe tão
insignificante dentro de um uso tão vasto, sem um único erro” (M . G. KYLE, ibid.). São
coisas assim que invalidam a bem conhecida teoria JE D P e suas variantes.
Pelo fato de o nahal surgir e/ou desaparecer repentinam ente com o torrentes
im petuosas, ele sim boliza m uitas coisas, por exem plo, o orgulho das nações (Is 66.12), a
força do invasor (Jr 47.2), e o poder do adversário (Sl 18.4 [51; 124.4). Até m esm o
torrentes de óleo não agradam a Deus se não estiverem acom panhadas de justiça,
bondade e hum ildade (M q 6.7). Os piedosos serão, porém , saciados, com as torrentes
inundantes do prazer divino (Sl 36.8 [9]). Dessa m aneira, os shelãm im (q.v.) possuem de
fato o significado espiritual sim bólico de rios paradisíacos de prazer (KD; cf. Gn 2.10), cuja
fonte é Deus (Jr 2.13). Os exilados que retornarem encontrarão torrentes no deserto (cf
Êx 17.3 e ss.; Nm 20.11). É claro que isso não se concretizará na sua plenitude a não ser
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