DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

1417 p p : (n q q )
Emprega-se nãqap basicamente no hifil, “fazer rodear” ou “deixar rodear”. Os dias
têm o seu “turno” (Jó 1.5; lit., “quando os dias de banquete deram volta com pleta”), com
as pessoas oferecendo banquetes cada uma na sua vez. No sentido de “cercar”, “circundar”,
esse verbo é, com freqüência, paralelo do verbo mais usual sãbab (veja-se, por exemplo,
Sl 22.16 (171). Redes para apanhar animais são lançadas ao redor (Jó 19.6), e os israelitas
são proibidos de rapar ou aparar o cabelo em volta da cabeça (deixando uma m echa de
cabelo em cima, imitando assim adoradores pagãos — Lv 19.27), em alguns dos usos mais
específicos ou técnicos de nãqap.
No outro extremo, um sentido abrangente é resultado da ocorrência deste verbo em
Isaías 15.8, em que um grito rodeia as fronteiras de Moabe, deixando implícita a idéia de
“por toda parte”.
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1417 p p ] (nqq). A c e ita c o m o r a iz de:
1417a p ’p3 (nãqtq) fe n d a (d e roch a ). Usada somente junto com sela\ “rocha” (Is
7.19; Jr 13.4; 16.16).
1418 - p j (nãqar) fu r a r , b ic a r , c a v a r (e.g., Pv 30.17; Nm 16.14).
Termo Derivado
1418a “ 7 p : (neqãrâ) b u ra co , fp.nda. (Êx 33.22; Is 2.21).
1419 C pj (nãqasli) b a te r , g o lp e a r (e.g., Sl 9.17; Dt 12.30).
“li (nêr). Veja o n? 1 333a.
1420 “ ”13 (nèrd) nard o.
Este substantivo, que ocorre apenas três vezes no AT (todas elas em Cantares: 1.12;
4.13-14) denota extrato oleoso aromático do Nardostachys jatam ansi, do norte da índia,
uma planta perene aparentada da valeriana. O nome deriva de um verbo sânscrito,
naladã, “exalar um aroma”, e a palavra provavelmente chegou até o hebraico e o grego
por intermédio do persa nârdin.
Em Cantares de Salomão, as descrições tanto do rei quanto da noiva são adornadas
por meio de referências a este aroma preciosíssimo, utilizado ainda hoje na índia para
perfum ar os cabelos. Importado, nos tempos bíblicos, em caixas lacradas de alabastro, era
reservado para ocasiões muito especiais. Uma ocasião dessas foi quando M aria ungiu os
pés de Jesus durante a refeição oferecida para comemorar a ressurreição e recuperação
de seu irmão Lázaro. O valor desse produto fica patente no mesmo relato (veja-se João
12.3-5) em razão da queixa de Judas de que aquela libra do ungüento poderia ser vendida,
e o dinheiro ganho, equivalente ao salário de onze meses e meio de um trabalhador,
poderia ter sido posto na sua própria caixa de esmolas.
B ib lio g ra fia : — COOPER, W. E. S., Spikenard, in: ZPEB.
M.C.F.
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