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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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2343.1 n tó (s h ü a h )<br />

2343.1 nyò (shüah) cu rv a r-se, h u m ilh a r-se.<br />

Term os Derivados<br />

2343.1a n m ü (shühâ) cova .<br />

2343.1b nn^ü (shthâ) cova .<br />

2343.1c t n n ç (shahat) cova , d e stru içã o , tú m u lo.<br />

O verbo shüah ocorre apenas três vezes, sempre em referência a hum ilhação ou a<br />

perigo moral. Talvez seja um a variante de shãhah, que tem significado sem elhante.<br />

sh a h a t. C ova , d e stru içã o , sep u ltu ra , co rru p çã o . Onze vezes a LXX traduz shahat por<br />

palavras que designam corrupção ou destruição; cinco vezes por palavras que têm o<br />

sentido de morte; e três vezes por palavras que significam cova (nestes casos quando<br />

aparece ao lado de um verbo com o sentido de “cavar”). O vocábulo aparece 23 vezes.<br />

Em geral se afirma, aliás com bastante insistência, que o substantivo deriva do verbo<br />

shüah, “cavar um buraco”. Com base nesse ponto de vista, alguns entendem que a palavra<br />

se refira a um suposto mundo dos mortos bem nas profundezas da terra. Tal derivação<br />

é possível; observe-se nahat, “descanso”, que deriva de nüah, “descansar”. No entanto, é<br />

igualm ente possível uma derivação de shãhat, “cair em ruínas” (observe-se nahat,<br />

“descida”, que deriva de nãhat, “descer”). É bem possível que aqui se esteja tratando de<br />

dois substantivos homônimos, um derivado de shüah, “afundar” (e não de “cavar”), e o<br />

outro de shãhat, “cair em ruínas”.<br />

Em prega-se três vezes o vocábulo em associação com um verbo com o sentido de<br />

“cavar” (Sl 7.15 [16]; 94.13; Pv 26.27) e cinco vezes em passagens em que uma cova serve<br />

de arm adilha (Is 51.14; Ez 19.4, 8; Jó 9.31; Sl 9.15 [16]). É usado 14 vezes em íntima<br />

associação com a idéia de morte, tendo possivelm ente o sentido de “m orte” ou de<br />

“sepultura”: Jó 17.14; 33.18, 22, 24, 28, 30; Salmos 16.10; 30.9 [10]; 49.9 [10]; 55.23 [24];<br />

103.4; Isaías 38.17; Ezequiel 28.8; Jonas 2.66.<br />

Não é possível dem onstrar que se está tratando de duas palavras ou de apenas uma.<br />

É possível que a palavra “cova” tenha chegado a significar “túm ulo” — naquela época os<br />

túm ulos eram geralmente cavernas escavadas na rocha — e, por extensão, tenha vindo<br />

a significar a corrupção que ocorre no túm ulo. Parece claro que às vezes shahat se refere<br />

ao túm ulo e à sua putrefação. Em Jó 17.14 a palavra aparece em paralelo com “verm e” .<br />

Em Jó 33.18-30 o tema é a morte à espada ou por doença. Salmos 16.10, à sem elhança<br />

de 49.9 [10], se refere à putrefação que ocorre com a morte (cf. 49.14 [15]). Salm os 55.23<br />

[24] fala do “poço da destruição [ou corrupção]” (b*’ér shahat). Não há base para a<br />

tradução encontrada na ARA, “cova profunda”. Das 33 vezes em que é usada, a palavra<br />

be’êr é em pregada 29 vezes para designar um poço no sentido literal. Significa<br />

sim plesm ente um buraco escavado no chão; aí designa a cova do sepultam ento. Essa é<br />

tam bém a referência de Salmos 30.9 [101, em que o pó resultante da decom posição do<br />

corpo se acha no contexto, shahat beli, em Isaías 38.17 é quase uma definição. A raiz de<br />

b*lt significa “gasto”, “consum ido”. Usa-se o vocábulo bal com um significado negativo.<br />

shahat b€lt é o local de apodrecimento total. A tradução “túm ulo” ou “apodrecim ento do<br />

túm ulo” é bastante pertinente na maioria das passagens que não se referem a uma cova<br />

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