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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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1662 ('ãpal)<br />

Termos Derivados<br />

1662a (‘õpel) I, O fel, fo r ta le z a .<br />

1662b<br />

(‘õpel) II, tum or.<br />

Alguns estudiosos peritos (e.g., BDB) fazem distinção entre duas raízes ‘ãpal. A única<br />

vez em que se vê uma possível forma de 'ãpal I, “inchar”, ocorre na clássica passagem de<br />

Habacuque 2.4, na expressão “se incha” (ARC; ARA, “soberbo”; JB, “sucumbe” [emendai; TB,<br />

“orgulhosa”). (Veja-se ‘ãpal II, abaixo.)<br />

‘õpel. O fel, fo r ta le z a , torre. O substantivo ‘õpel, “outeiro”, “montículo arredondado”,<br />

designa uma acrópole dentro de Samaria (2 Rs 5.24) e, especialmente, de Jerusalém (sete<br />

vezes). Em Jerusalém ‘õpel é a protuberância que sai da colina oriental e vai direto para<br />

o sul, bem a oeste da área do templo, e que faz divisa com o vale do Cedrom, a leste.<br />

Também era chamado ‘õpel a fortaleza jebuséia tomada por Davi (chamada “Sião”<br />

[tsiyyôn, q.v.] em 2 Sm 5.7; cf. S. GOLDM AN, Samuel [Soncino series], p. 214). O rei Jotão<br />

foi responsável pela construção do “muro de Ofel” (2 Cr 27.3; cf. 33.14). Na época de<br />

Neemias “Ofel” foi ocupado pelos servos do templo (Ne 3.26-27; 11.21).<br />

O substantivo ‘õpel é empregado por Miquéias numa profecia extraordinária relativa<br />

ao milênio: “O SENHOR reinará sobre eles no monte Sião, desde agora e para sempre A<br />

ti, ó torre do rebanho, monte [‘õpel] da filha de Sião, a ti virá; sim, virá o primeiro<br />

domínio, o reino da filha de Jerusalém (4.8)”.<br />

‘õpel. H em o rró id a s, tu m or. Substantivo que ocorre seis vezes, cinco delas em 1 Samuel<br />

5— 6, ‘õpel refere-se a furúnculos ou tumores (cf. o árabe ‘aflun, “tumor”, “furúnculo no<br />

ânus ou na vulva”). Em todos os casos em que a palavra aparece no AT, é substituída pelo<br />

Qere tehôr (q.v.), aparentemente considerada pelos copistas como um eufemismo mais<br />

aceitável (veja-se C. D. GlNSBERG, Introductíon to the m assoretico-critical edition o f the<br />

Hebrew Bible, reimpressão, KTAV, 1966, p. 346). Em Deuteronomio 28.27 (na fórmula de<br />

maldição) Israel é ameaçado com repugnantes doenças de pele, entre elas incluindo-se<br />

‘õpel. O substantivo aparece com destaque no relato do controle da arca pelos filisteus (1<br />

Sm 5.6, 9, 12; 6.45). Asdode, Gate e Ecrom (esse último pelo menos por ameaça) foram<br />

cenários das aflições com que o Senhor tratou os filisteus. O povo foi afligido com tumores<br />

e a terra com ratos (1 Sm 6.5). Os filisteus, orientados por seus sacerdotes, fizeram cinco<br />

imagens de ouro dos tumores junto com cinco ratos de ouro, uma oferta pelo pecado que<br />

tinha como objetivo servir de compensação a Iavé por ocasião da devolução da arca. O<br />

número cinco representava a Pentápolis da Filístia. Hindson escreve: “Os povos pagãos<br />

acreditavam que essas representações das pragas que experimentavam trouxessem cura<br />

das coisas representadas. Desse modo, com a noção pagã de magia simpática, esperavam<br />

ver-se livres das pragas enviadas pelo criador. É possível que os ratos indiquem que<br />

sofreram peste bubônica” (The Philistines, p. 143). Se for esse o caso, essa terá sido a<br />

primeira vez na História em que, observando-se a peste bubônica (que se caracteriza por<br />

inchaço, especialmente dos gânglios linfáticos da virilha e das axilas), ela foi associada<br />

a roedores.<br />

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