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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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2039 HDj? (q ã n â )<br />

q a n n ô ’. C ium ento. Esse substantivo também segue a forma do infinitivo piei. Tem o<br />

m esmo sentido de qannã \ Aparece apenas duas vezes, ambas fora do Pentateuco.<br />

B ib lio g ra fia ; — TDNT. v. 2, p. 878-80. — THAT. v. 2, p. 647-9.<br />

L.J.C.<br />

2039 Hjp (qãnâ) I, o b ter, a d q u irir, cria r.<br />

Termos Derivados<br />

2039a tj^ p (qinyãn) riqueza s.<br />

2039b (m iqneh) gado.<br />

2039c (miqnâ) com pra,<br />

O radical dessas palavras envolve três (KB) e não duas (BDB) raízes. Em qãnâ<br />

observa-se uma raiz que denota uma aquisição comercial e financeira de bens materiais<br />

(à exceção de alguns usos em Provérbios, em que a sabedoria é adquirida: 4.5, 7; etc.) e<br />

outra que denota “criação” por Deus (bãrã 0. Quanto à terceira raiz, veja-se qãneh,<br />

“junco”. Distinga-se qãnâ de rãkash, “adquirir mediante trabalho árduo” (q.v.), g ã ’al,<br />

“redimir”, “comprar de volta” (mas veja-se também KD, no comentário sobre Lv 25.33, in<br />

loc.). Os dois sentidos de qãnâ ocorrem em ugarítico (onde Gordon, UT 19: n°. 2245, e<br />

AisWUS n°. 2426 não separam as duas raízes). No AT esses vocábulos ocorrem num total de<br />

182 vezes.<br />

O verbo qãnâ é a palavra costumeira para “comprar” algo. As transações comerciais<br />

se realizavam de diversas maneiras (cf. Al, p. 167 e ss.). De especial interesse é o costume<br />

antigo que envolvia a entrega do próprio calçado (Rt 4.8; Am 8.6 [7]) ao comprador,<br />

simbolizando com isso que a pessoa abria mão do direito hereditário de redenção. Tais<br />

transações podiam ser registradas (Jr 32.16) ou então publicamente testemunhadas (Rt<br />

4; cf. as leis de Nuzi, AI, p. 168).<br />

Como os sacrifícios deviam ser oferecidos em favor do ofertante, também deviam<br />

proceder dos bens da própria pessoa. Por isso, quando Davi procurou fazer um sacrifício<br />

para interromper a praga, sentiu-se compelido a adquirir a terra (2 Sm 24.21-24). Por ser<br />

o rei e por ter determinado o recenseamento, era sua a responsabilidade de aplacar<br />

pessoalmente a ira divina (2 Sm 24.16). Os reparos no templo não foram pagos com<br />

recursos dos cofres reais, mas com dádivas do povo de Deus (2 Rs 12.12 [13]; 22.6).<br />

As leis de Israel protegiam a propriedade privada e o direito de acumular capital<br />

privado (acerca de um estudo detalhado a respeito, veja-se R. RUSH<strong>DO</strong>ONY, Institutes o f<br />

Biblical law, Nutley, Craig, 1973, p. 448 e ss.). Visto que a terra e tudo o que nela existe<br />

pertencem a Deus (Dt 25.23-24), não cabia ao povo de Deus vender, mas tão somente<br />

“alugar”. Outras nações não foram estabelecidas dentro desse esquema. Por conseguinte,<br />

Abraão pôde adquirir um pedaço de terra, o qual se tom ou propriedade perpétua de sua<br />

família (Gn 25.10; Js 24.32). No Egito o Faraó comprou toda a terra (Gn 47.19-20), com<br />

exceção da terra dos sacerdotes (v. 22). Deus determinou a teocracia de modo que a<br />

distribuição original da terra (que representava o descanso eterno) fosse restabelecida a<br />

cada 50 anos (Lv 25.15 e ss.), o ano de jubileu. Essa redistribuiçâo havia de dirigir as<br />

transações imobiliárias, como fica evidente nas injunções acerca dos preços de compra (w .<br />

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