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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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787 *73? (tãbal)<br />

ta b b a h . C o zin h eiro , g u a rd a -co s ta s, g u a rd a . ta b b ã b â . C ozin h eira . Estes dois<br />

derivados transmitem a idéia de um “cozinheiro” que abate um animal e prepara a carne:<br />

tabbãh, “cozinheiro” (apenas em 1 Sm 9.23, 24), e tabbãhâ, “cozinheira” (também só uma<br />

vez, em 1 Sm 8.13). O uso costumeiro de tabbãh descreve um “guarda-costas” ou<br />

“guarda”. Gênesis emprega o termo junto com sar e sãris para descrever Potifar e o<br />

carcereiro, altos funcionários no Egito. A nuança básica de “carrasco” permeia o<br />

desenvolvimento do substantivo, embora tanto na história de José no Egito (Gn 37— 41)<br />

quanto na função de Nebuzaradã, o “chefe (rab) da guarda” de Nabucodonosor, em 2 Reis<br />

25 e Jerem ias 39— 52, o sentido do termo tornou-se o de “alto oficiar. Confirmação disso<br />

encontra-se no fato de outros oficiais serem mencionados paralelamente em Jeremias<br />

39.13 — “eunuco-chefe” (PIB; ARA, “Rabe-Saris”) e “mago-chefe” (PIB; a r a , “Rabe-M ague”)<br />

— e no substantivo cognato aramaico encontrado em Daniel 2.14, que descreve um alto<br />

funcionário da corte encarregado de executar os sábios da Babilônia. Essa passagem<br />

talvez confirme que a função de “carrasco” ainda é responsabilidade de oficiais que<br />

recebem esse título. Seja no Egito, seja na Babilônia, o funcionário com esse título é o<br />

representante do rei para executar a disciplina, o juízo e a liderança.<br />

B ib lio g ra fia : TDNT, v. 7, p. 929-33.<br />

R.H.A.<br />

787 *73? (tãbal) J, m erg u lh a r, im ergir. (A ASV e a RSV traduzem de forma<br />

semelhante.)<br />

O verbo transmite a idéia de imergir um objeto em outro: “pão” em “vinagre” (IBB;<br />

a r a , “vinho”; Rt 2.14), os “pés” na “água” (Js 3.15), uma “túnica” em “sangue” (Gn 37.31).<br />

baptõ é a palavra geralmente usada pela LXX para traduzir essa raiz.<br />

Usa-se o “mergulhar” no ritual religioso de purificação em Israel. (Veja em 1 Sm<br />

14.27 um caso de “mergulhar” no sentido literal.) Na oferta pelo pecado, mediante a qual<br />

se faz expiação pela iniqüidade (seja do indivíduo, seja da nação), o sacerdote mergulha<br />

o dedo no sangue do animal sacrificado e borrifa-o perante o véu ou coloca-o sobre os<br />

cantos do altar (Lv 4.6, 17; 9.9). O pecador é identificado com o sangue derramado do<br />

animal, sangue este que representa a morte paga por causa do pecado. Hebreus 9.19-22<br />

baseia-se nessa figura de purificação mediante o sangue. De modo semelhante, na Páscoa<br />

passava-se sangue nos batentes das portas, simbolizando assim o sangue do cordeiro que,<br />

com o substituto, foi morto no lugar dos primogênitos (Êx 12.22). A idéia de identificação<br />

também ocorre no ritual de purificação dos leprosos (Lv 14.6, 16, 51; 2 Rs 5.14) e de quem<br />

encostar em algum cadáver (Nm 19.18). Mergulha-se hissopo, ou o dedo do sacerdote, em<br />

água ou óleo, agentes purificadores, e então borrifa-se sobre o objeto impuro para<br />

identificá-lo como algo purificado.<br />

Jó 9.31 emprega a raiz para mostrar Bildade fazendo Jó “submergir” em sórdidas<br />

acusações. Alcançar bênção é descrito como “mergulhar” os pés em azeite (Dt 33.24; c f Jó<br />

29.6).<br />

B ib lio g ra fia : TDNT, v. 1, p. 535-6.<br />

R.H.A.<br />

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