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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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1809 r n s (pãrâ)<br />

exílio. O Zendavesta, um livro sagrado do zoroastrism o, foi de fato escrito por volta de 600<br />

a.C. (ou m ais tarde), m as sua linguagem é um a ram ificação do antigo indo-iraniano, e a<br />

p alavra pode ter sido facilm ente tom ada de em préstim o pelos com erciantes de Salom ão,<br />

que percorreriam vastas regiões. A ssim como as poucas palavras gregas de D aniel podem<br />

ter sido tom adas de empréstimo antes da era grega de Alexandre, de igual form a essa<br />

p alavra pode ter sido tom ada de em préstim o antes da era persa de Ciro. U m a am pla<br />

ocorrência de em préstim os lingüísticos do persa ocorreu depois. E de interesse assin alar<br />

que as diversas palavras de origem persa que existem no AT hebraico se encontram em<br />

E sdras, N eem ias, Ester, Daniel, Cantares e Crônicas. N enhum a aparece no Pentateuco.<br />

R.L.H.<br />

1809 r n 2 (pãrâ) frutificar, ser frutífero, ser fecundo, ramificar.<br />

1809a f ’"® (peri) fruto.<br />

Termo Derivado<br />

O verbo pãrâ é usado 29 vezes no AT, a m aioria delas em G ênesis (15 vezes), pãrâ<br />

aparece 22 vezes no qal e sete no hifil (com o sentido de “tornar frutífero”). Com bastan te<br />

freqüência aparece junto com o verbo rãbâ, “aum entar”, “m ultiplicar”, pãrâ tanto vem<br />

depois de rãbâ (Jr 3.16; E z 36.11) quanto, num m aior número de vezes o precede (Gn<br />

1.22, 28; 8.17; 9.1, 7; 35.11; 47.27; Ê x 1.7; Jr 23.3; no hifil, Gn 17.20; 28.3; 48.4; L v 26.9).<br />

A raiz pãrâ está na base do nome de um a das tribos de Israel. G ênesis 41.52, “ao<br />

segundo [filho, José] chamou-lhe Efraim Veprãyim], pois disse: Deus me Tez próspero’<br />

[hiprani, ou frutífero] na terra da m inha aflição”. A m esm a prom essa e incentivo<br />

alcançaram Jacó em Betei (Gn 35.11; cf. 48.4). A té mesmo Ism ael, que fora banido,<br />

recebeu essa prom essa da parte de Deus (Gn 17.20). De todas as ocorrências, a m ais<br />

in teressante é a palavra do Senhor a Abraão em G ênesis 17.6, “‘far-te-ei fecundo’<br />

extraordinariam ente, de ti farei nações”. D uas considerações são de especial interesse<br />

aqui. Prim eiro, em G ênesis 17 Abraão estava com 99 anos de idade. H aviam -se passado<br />

24 anos desde a prom essa inicial que Deus lhe fizera (Gn 12.4). Em segundo lugar, à<br />

época dessa prom essa de frutuosidade, S ara já tinha passado pela m enopausa e Abraão<br />

era im potente (Gn 17.17; Rm 4.19). Fé inabalável!<br />

p er i. Fruto. Três significados básicos são abrangidos pelo hebraico p eri: 1) o fruto de um a<br />

árvore (Gn 1.12), de um a videira (Zc 8.12) ou de um a figueira (Pv 27.18); 2) o fruto do<br />

ventre, ou seja, filhos (Gn 30.2; Dt 28.4, 11; Sl 21.10 [11]; 127.3); 3) o fruto como<br />

conseqüência de um a ação, por exemplo, como recom pensa (Sl 58.11 [12]; Pv 11.30). Em<br />

seis oportunidades p ert aparece justaposto a shõresh, “raiz” (2 Rs 19.30; Is 14.29; 37.31;<br />

E z 17.9; Os 9.16; Am 2.9). G insberg sugeriu que nessas passagens p eri não significa<br />

“fruto”, m as “ram o”, “galho”. Talvez seja esse o sentido de pãrâ em versículos como o de<br />

Deuteronôm io 29.18 [17], “para que não haja entre vós um a cepa que ‘brote’ ódio e<br />

am argura” (lit.). Isaías 1 1 .1 , uma fam osa passagem m essiânica, pode ser assim traduzida:<br />

“e um rebento ‘ram ificará’ de seu cepo”.<br />

D entre os três usos citados acima, o terceiro, ou seja, o de fruto como indicação de<br />

conseqüências, é o que ocorre com m aior freqüência (especialm ente em Sl [11 vezes] e Pv<br />

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