DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

1568 ]1V (‘éden)
Substantivo de Origem
1567a (‘éden) ro u p a s v isto sa s, j ó i a s v isto sa s, c o is a s ca ra s.
1567b ríjlV Cednâ) p r a z e r (Gn 18.12).
1567c (eãdín) sen su a l.
1567d 17^0 (ma‘ãdân) p e tis c o s , d elícia s.
‘è d e n . /. R o u p a s v isto sa s, j ó i a s v isto sa s, p e tis c o s , d elícia s. Palavra em pregada
apenas três vezes. Em duas delas refere-se aos ricos despojos de guerra. Em sua elegia
a Saul, Davi instou as m ulheres a chorar por sua m orte, pois ele lhes proporcionara
roupas luxuosas (2 Sm 1.24). Os m oradores de Judá acusam N abucodonosor de ser um
anim al de rapina que devorou as com idas finas deles (Jr 51.34). Em Salm os 36.8 [91 o
salm ista refere-se ao rio de prazer encontrado em Deus, a fonte da vida. Essa é, talvez,
um a alusão à confluência dos quatro rios no jardim do Éden (Gn 2.10).
1568 (‘èden) II, É d en .
Esta palavra possivelm ente deriva do acadiano edinu, que tem origem no sum ério
eden, que significa “planície”, “estepe”. O topônim o acadiano bit adini designa a região
dos dois lados do Eufrates. Foi então indiretam ente associada com a raiz hebraica
hom ônim a ‘ãdan, que significa “desfrutar”, “ter prazer em ”. A LXX no entanto, parece
derivar essa palavra diretam ente da raiz hebraica ‘ãdan ao traduzir a palavra por
“jardim das delícias”. Isso levou à identificação tradicional do Jardim do Éden com o
Paraíso, o que foi bastante apropriado (Ap 2.7).
Essa palavra aparece 14 vezes no AT. Em Gênesis 2.8, 10; 4.16, faz-se referência à
região geográfica em que o jardim se situava. Conquanto se possa identificar os rios Tigre
e Eufrates, existe uma incerteza generalizada quanto aos outros dois rios, o Pisom e o
Giom . Entretanto, um a área próxim a à foz dos rios Tigre e Eufrates, no G olfo Pérsico,
parece bastante possível. Speiser sustenta que o relevo físico apresentado e m G ênesis 2
é autêntico (AB, loc. cit.; e cf. R . L. HARRIS, The mist, the canopy and th e rivers o f Eden,
JETS 11 [19681:177-80).
Éden é um sím bolo de grande fertilidade em Isaías 51.3; Ezequiel 36.35 e Joel 2.3.
Tanto Isaías quanto Ezequiel prom etem que os lugares desolados de Judá florescerão,
tornando-se com o o Éden. Joel, ao referir-se à invasão de gafanhotos, indica que antes da
chegada desses insetos a terra era com o o Éden, m as um local desértico depois de sua
partida.
Em Ezequiel 31 com para-se o Egito a um cedro gigantesco que as “árvores do E den”
(expressão que tem “a fina flor e o m elhor do Líbano” com o aposto, indicando dessa
maneira os nobres e os príncipes das nações) invejavam, mas esse cedro gigantc3co cairá,
trazendo consolo às árvores do Éden (príncipes já caídos, agora tendo a com panhia da
nobreza do Egito, Ez 31.8, 9, 16, 18).
A expressão “jardim do Éden”, em G ênesis 2.15; 3.23, 24 (cf Ez 36.35; J1 2.3),
aparentem ente deu origem a um uso específico de “É den” pelos profetas. Em Isaías 51.3
o Éden é paralelo da expressão “jardim do SENHOR” (cf Gn 13.10), e em Ezequiel 28.13
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