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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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2303 '7&D (shã al)<br />

É significativa a 3cric dc usos cm Ezequiel 31 e 32. Numa linguagem bastante<br />

poética o profeta declara que Faraó, o rei do Egito, cairá diante do rei de Babilônia, assim<br />

com o acontecera com a Assíria. As expressões em pregadas são instrutivas. A Assíria<br />

estava fadada à morte. Descrevem-se Elão, M eseque, Tubal e as nações com o mortas,<br />

jazendo junto com os incircuncisos, com os mortos à espada. Ezequiel diz que todos estes<br />

estão no she 'ôl (31.15, 16, 17; 32.21, 27). Estão no qeber, “sepulcro” (32.22, 23, 25, 26).<br />

A palavra òôr, “cova”, é usada oito vezes acerca deles (31.14, 16; 32.18; 23, 24, 25, 29). A<br />

expressão erets tahtit, “terra em baixo” (NIV), é em pregada cinco vezes (31.14, 16, 18;<br />

32.18, 24). Em uma oportunidade se diz que seus sepulcros (qeber) estão nos lados ou nas<br />

profundidades (yerek) da cova (òôr; 32.23). Deve-se lem brar que em 42 das 62 ocorrências<br />

de bõr, este substantivo significa simplesm ente um buraco cavado no chão: uma cistem a,<br />

um poço ou um calabouço. Na Palestina as sepulturas tam bém eram cavadas dessa<br />

m aneira, geralm ente na rocha, e os 20 outros usos de bôr dizem respeito ao buraco dos<br />

m ortos, palavra com toda naturalidade interpretada como sepulcro ou túm ulo. Com<br />

freqüência esses túm ulos possuíam prateleiras cavadas nas laterais, onde se punham os<br />

corpos. Este escritor participou da excavação de um túm ulo em Dotã, o qual possuía três<br />

dessas prateleiras, nas quais muitos corpos tinham sido postos junto com uma grande<br />

quantidade de vasos de barro e pontas de lanças (cf. Ez 32.27, “desceram ao sepulcro<br />

W ô l \ com suas próprias armas de guerra”). A cena descrita é de uma m atança e um<br />

sepultam ento universais. “Lá jazem eles, os incircuncisos, traspassados à espada” (32.21).<br />

Aqui she,ôl significa sim plesm ente “sepultura”, conform e também o sustenta A. Heidel<br />

em um im portante estudo (veja-se bibliografia).<br />

É sem elhante o uso em Isaías 14.11-20, que fala do rei de Babilônia. Em pregam -se<br />

as m esm as palavras: she'ôl (duas vezes: w . 11, 15), bôr, “abism o”, “cova” (duas vezes: w .<br />

15, 19), qeber, “sepultura” (um a vez: v. 19), e o verbo qãbar (uma vez: v. 20). São<br />

interessantes os versículos 18-20. A m aioria dos reis tem um funeral régio e jaz com todas<br />

as honras nos túm ulos (bayit, “casa”; ARA, “túm ulo”). Mas esse rei jaz coberto de mortos<br />

em combate, pisoteado, sem ser sepultado com seus pais e com as honras dadas aos reis.<br />

Em Jó 17.13-16 diz-se que she,ôl é como uma cama nas trevas, a qual tem como<br />

características o pó, o verme e a putrefação — um quadro perfeito de um túm ulo na<br />

Palestina. Jó 24.19-20 também fala do verme que se banqueteia com aqueles que estão<br />

no she,ôl. Jó 21.13 apresenta o problema daqueles que prosperam na vida e têm uma<br />

morte tranqüila. Jazem lado a lado com outros no pó, e os verm es os cobrem (v. 26). Fica<br />

claro que aí a palavra significa sepultura. Deve-se com parar o paralelo entre sh*ôl e<br />

’ãbaddôn, “destruição” (ARA, “abism o”) em Jó 26.6, com o paralelo entre qeber,<br />

“sepultura”, e 'ãbaddôn em Salmos 88.11 [12] (cf. o uso de sh*’ôl em Sl 88.3 [4], qeber<br />

no w . 5 [61 e bôr nos w . 4, 6 [5, 71). A m istura de vocábulos neste salm o faz lem brar o<br />

que acontece em Ezequiel 31 e 32. O paralelo entre sh*'ôl e 'ãbaddôn torna a ocorrer<br />

em Provérbios 15.11 e 27.20 (cf. Pv 30.16).<br />

Um exam e com pleto de todas as passagens não cabe no espaço disponível. Várias<br />

passagens não são conclusivas e poderiam referir-se ao livram ento de castigo futuro, como<br />

em Provérbios 15.24; 23.14; Salmos 86.13 (mas cf. Sl 88.3 [4] e 89.48 [49]), com o tam bém<br />

ao livram ento de uma morte prematura.<br />

Existem três passagens que empregam sh* 'ôl com o sentido de abism o profundo, às<br />

vezes em contraste com “céu” (Sl 139.8; Jó 11.8; Am 9.2; e cf. Dt 32.22; Is 57.9). Deve-se<br />

recordar que os hebreus não tinham minas de ouro ou poços de petróleo profundos para<br />

ter uma idéia de profundidade. Os túmulos reais de Ur foram cavados com nove metros<br />

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