DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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muitos comentários. No entanto, é claro que essas centenas de anos {a idade máxima foi
969 anos, alcançada por Matusalém) foram anos reais, pois Deus pretendia mostrar a
todos que a humanidade foi feita para a imortalidade. Entretanto, os homens começaram
a pagar em seu próprio físico o preço do pecado. Assim sendo, a média de vida foi
diminuindo e, conseqüentemente, a idade de procriação. Já na época de Abraão
acreditava-se que era impossível um homem de 100 anos de idade ter um filho (Gn 17.17).
Mas Deus milagrosamente concedeu Isaque, o filho da promessa.
Uma profecia relevante foi dada em Genesis 15.13. Israel haveria de ser escravo
durante 400 anos, e de fato isso aconteceu. De acordo com Êxodo 12.40, o tempo exato foi
de 430 anos. Se há aqui um número arredondado, é o de Gênesis 15.13.
Em uma passagem (2 Cr 3.4) parece provável que a palavra “cem” (com as consoantes
rríh) seja um erro de grafia, onde o certo seria “côvado” (com as consoantes ’m h). O texto
diz que o pórtico de Salomão era da altura de 120 (supostamente côvados, como na a r a ).
Mas isso daria 54 metros, uma altura impossível. Alguns MSS da LXX registram aqui 20
côvados, a mesma altura do santo dos santos. Parece provável que tenha ocorrido uma
metátese das letras e que algumas cópias da LXX preservaram a leitura original. A mesma
metátese ocorre numa variação entre o kethib e o qerô de Ezequiel 42.16.
Uma passagem escatológica, Isaías 65.20, diz que no novo céu e na nova terra “o
jovem morrerá com 100 anos de idade, mas o pecador de 100 anos de idade será maldito”
(lit.). É objeto de debates se os versículos 20-25 fazem parte da descrição do novo céu e
da nova terra ou se são um subparágrafo, conforme defende Buswell (System atic T heology,
v. 2, p. 517). E. J. Young sustenta, no entanto, que a morte não roubará os dias de
existência quer do jovem quer do idoso (Is 65.20a). A longevidade também não será
incomum, pois alguém que morrer aos 100 anos de idade será considerado ou um recémnascido
ou um pecador que foi morto bastante novo. C f NIV: “Aquele que morrer aos cem
anos será considerado jovem; aquele que deixar de chegar aos cem será considerado
amaldiçoado.”
B ib lio g r a fia : — G R E E N , William Henry. Primeval chronology. In: Classical
evangelical essays in O.T. Intcrpretation. Baker, 1972. pp. 13-28. — Y O U N G , E. J. The book
o f Isaiah. Eerdmans, 1972. v. 3, p. 515.
(m a’ãw ay). Veja o n? 40c.
CHKO (m"úm), Veja o n? 1 137a.
W.C.K.
1136 (mr’üm â) a lg o , n a d a .
Palavra empregada 32 vezes, geralmente em orações negativas. Eclesiastes 7.14
apresenta Deus colocando a prosperidade lado a lado com a adversidade a fim de que os
homens nada descubram fora dele mesmo (cf. 3.11). Balaão declara, em Números 22.38,
que não possui poder algum para fazer algo fora da palavra de Deus. Com freqüência
m '’um â é um eufemismo para algo ruim, tal como aquilo que Abraão estava na iminência
de fazer a Isaque (Gn 22.12, “Não estendas a mão sobre o rapaz, e nada lhe faças”) ou
aquilo que Amnom esperava fazer a Tamar (2 Sm 13.2, “Parecia difícil a Amnon fazer-lhe
alguma coisa”, TB).
W.C.K.
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