30.03.2017 Views

DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

492 -pn (hêk)<br />

palavra de Deus “vem” a alguém (Gn 15.1; 1 Sm 15.10; 2 Sm 7.4; Jr 36.1).<br />

Uma palavra final e breve deve ser dita sobre o significado e a interpretação de Jeová<br />

ou lavé. Parece fora de dúvida que o nome contém o verbo liãyâ, “ser” (veja todavia o<br />

artigo YHWH). A questão é determinar se o verbo estaria no qal, “ele é”, ou no hifil, “ele<br />

faz ser”, “traz à existência”, ponto de vista cujo defensor maior foi W. F. Albright. A mais<br />

forte objeção a tal interpretação é que ela exige uma alteração do texto chave de Êx 3.14:<br />

“Eu sou o que sou”. Mais provavelmente o nome deveria ser traduzido: “Eu sou aquele que<br />

é” ou “Eu sou aquele que existe”, conforme é refletido pela tradução da LXX, ego eimi ho<br />

õn. Um eco de tal interpretação seguramente se acha no NT, em Apocalipse 1.8. Mais do<br />

que talvez qualquer outra coisa, a ontologia de Deus expressa tanto sua presença quanto<br />

sua existência. Nenhum dos dois conceitos pode ser rotulado como mais importante que<br />

o outro.<br />

B ib liogra fia : BARR, James, The semantics o f bibíical language, Oxford University<br />

Press, 1961, esp. p. 58-72, em oposição a Boman e sua ênfase no caráter “dinâmico” e não<br />

“existencial” de hãyâ. — BOMAN, T., Hebrew thought compareci with Greek, trad. J. L.<br />

Moreau, London, SCM, 1960, esp. p. 38-49. — D e V a u x , R., The proclamation ofthe divine<br />

name YHWH, In: Proclamation and presence, ed. — D u r h a m J. I. & P o r t e r , J. R. London,<br />

SCM, 1970. p. 48-75, com citação de bibliografia apropriada de estudos sobre o significado<br />

do tetragrama. — PREUSS, II. D ., Ich will mit dir sein, ZAW, 80:139-73. — SCHILD, E., On<br />

Exodus iii 14: “I am that I am”, VT, 4:296-302. — TH AT, v. 1, p. 477-85.<br />

V.P.H.<br />

HT (hayyã). Veja o n.° 483b.<br />

492 y r (hêk) co m o ?!<br />

Esta grafia secundária de ’ek também introduz uma pergunta ou exclamação de<br />

indignação ou espanto (GKC, 148). O primeiro sentido é evidenciado em 1 Crônicas 13.12,<br />

quando Davi demonstra sua ira, e o segundo em Daniel 10.17. O cognato ugarítico é ’k<br />

(UT, 19:147). hêk ocorre duas vezes.<br />

L.J.C.<br />

493 (hêkãl) p a lá c io , tem plo, sa n tu á rio, nave.<br />

A ARC e a ARA utilizam a palavra de modo semelhante. Como na literatura<br />

extrabíblica. esta palavra, que foi tomada por empréstimo ao sumeriano ou acadiano<br />

(É.GALlekallu; Ugarítico hkl, UT, 19:763) representa a moradia do rei, i.e., um palácio. Na<br />

Bíblia, os palácios não são feitos necessariamente de pedra (Sl 18.6[7]), nem têm<br />

proporções gigantescas (1 Rs 6.3). Nossa palavra tem uma vasta gama de sinônimos:<br />

'armôn (harmôn, Am 4.3; 'álmôn, Is 13.22), uma moradia ampla e luxuosa, que nunca<br />

é usada para descrever a casa de Deus; bírâ, talvez uma palavra emprestada do persa<br />

para indicar “palácio, cidadela”; metsõd, “fortaleza, forte”, etc. Outras palavras para a<br />

moradia de Deus são: bêt (Gn 33.17, onde uma tenda, sukkôt, é chamada de bêt), também<br />

chamada de ohel (1 Sm 2.22), miqdãsh (qualquer lugar santificado por Deus na terra<br />

da Palestina, Êx 15.17, ou o santuário propriamente dito, Lv 16.33; veja qõdesh); bãmôt,<br />

topos de montes ou colinas (2 Sm 1.19; Dt 32.13), que freqüentemente serviam de locais<br />

de adoração, quer legítima (1 Sm 9.12; 1 Rs 3.4), quer ilegítima (Lv 26.30). Note-se<br />

especialmente o uso mitológico (e.g., Am 4.13); e, por fim, mishkãn (moradia em geral) e<br />

352

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!