DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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freqüência procura a Deus para que o ensine a guardar os estatutos e a andar no caminho
da verdade (SI 27.11; 86.11; 119.33; c f. Jó 6.24; 34.32). Deus promete que, nos últimos
dias, dará ao povo de Jerusalém um mestre a quem verão (Is 30.20). As nações também
virão a Jerusalém para que Deus as ensine (Is 2.3). Não é de surpreender que Jesus,
como Deus encarnado, tenha assumido o título de mestre e desempenhado grande parte
de seu ministério como mestre.
Âmbito da Palavra
A palavra t ô r â basicamente significa “ensino”, quer se refira ao sábio a instruir seu
filho, quer a Deus a instruir Israel. Os sábios proporcionam uma compreensão de todos
os aspectos da vida, de sorte que os jovens podem saber como se conduzir e como viver
uma vida longa e abençoada (Pv 3.1 s.). Com Deus também é assim. Motivado pelo amor,
ele revela ao homem a compreensão básica de como viver uns com os outros e como se
aproximar de Deus. Através da lei Deus mostra seu interesse por todos os aspectos da
vida humana, a qual deve ser vivida debaixo da direção e cuidado divinos. A lei de Deus
está em paralelo com a palavra do Senhor para indicar que a lei é a revelação da vontade
de Deus ( e .g ., Is 1.10). Nesse sentido ela se toma a sabedoria e o entendimento da nação,
de modo que outros ficarão maravilhados com a qualidade do estilo de vida distintivo de
Israel (Dt 4.6). Por tal razão, entende-se que o papel do ensino, com seus resultados na
escola de sabedoria e na instrução sacerdotal, e o papel da lei, com seus resultados para
todo o povo da aliança, estão bastante ligados.
Especificamente, a palavra “lei” refere-se a qualquer conjunto de regulamentos; por
exemplo, Êxodo 12 contém a lei a respeito da observância da Páscoa. Algumas outras leis
específicas incluem aquelas a respeito das várias ofertas (Lv 7.37), da lepra (Lv 14.57) e
do ciúme (Nm 5.29). A luz disso, por vezes considera-se a lei algo constituído de estatutos,
ordenanças, preceitos, mandamentos e testemunhos.
O significado da palavra adquire uma perspectiva mais ampla à luz de Deuteronômio.
De acordo com Deuteronômio 1.5, Moisés lança-se a explicar a lei; ali a lei abrangeria
a lei moral, tanto em suas formulações apodícticas e casuísticas, e a lei cerimonial. O que
há de excepcional em Deuteronômio é que o livro interpreta a lei exterior à luz do efeito
desejado nas atitudes interiores do homem. Ademais, o próprio livro mostra que a lei tem
um sentido amplo, que abrange a história, as regulamentações e suas interpretações, e
exortações. Não é uma mera relação de declarações casuísticas, como no caso do código
de Hamurabi. Mais tarde a palavra experimentou uma ampliação de sentido de modo a
incluir os primeiros cinco livros da Bíblia em toda a sua diversidade.
Lei e Aliança
A aliança precede a lei; e a lei foi dada apenas à nação que entrou em aliança com
Deus [embora, no sentido de princípio moral, a lei seja tão antiga quanto o pecado
humano e o governo divino, Gênesis 3.7; 9.6; 26.5. R.L.H.]. A lei são, especificamente, as
estipulações da aliança. Mas, no sentido amplo de lei, a saber, de ensino de Deus, a
aliança desempenha o papel central. Lei e aliança podem ser paralelas uma à outra ( e .g .,
Sl 78.10). Por estarem tão intimamente ligadas, infringir uma é infringir também a outra.
A demonstrar a relação entre ambas temos ainda o fato de que as tábuas do testemunho
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