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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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1273 (nã’ap)<br />

a origem divina, Jr 23.31; Sl 36.1 (21, etc.). Contraste-se especialmente com maàéã\ que<br />

designa uma mensagem de juízo. ne,um ocorre 360 vezes e, com appnas Hnas exceções (Pv<br />

30.1; Sl 36.1 [2]), sempre em contextos proféticos. São apenas 20 vezes fora dos livros<br />

proféticos, mas 167 vezes em Jeremias, 83 em Ezequiel, 23 em Isaías, 21 em Amós e 20<br />

em Zacarias.<br />

O sentido do substantivo aparece claramente em Jeremias 23.31, onde Deus declara<br />

sua oposição aos falsos profetas que acrescentam n e’ u m às suas próprias afirmações, ou<br />

seja, afirmam que Deus o disse. Este sentido básico é igualmente claro em Ezequiel 13.7,<br />

onde Deus denuncia os falsos profetas, declarando que não tiveram visões autênticas, que<br />

pronunciaram adivinhações mentirosas e que reivindicaram falar em nome de Deus<br />

quando ele não havia falado. Em Jeremias 9.22 [21] o profeta recebe ordens para iniciar<br />

seu oráculo com um “este é um n e’ u m de Yahweh”, indicando assim que esta era uma<br />

“palavra distintiva da parte de Deus para banir qualquer dúvida sobre a verdade da<br />

mensagem” (KD, J e r e m i a h I , i n lo c .) . As vezes esta palavra formal é ampliada, sendo-lhe<br />

acrescentado um juramento divino que ressalta a seriedade, etc., do que vai ser dito (Ez<br />

20.3, 31; 33.11). Nos profetas a última metade desta palavra ritual geralmente consiste<br />

(Is 56.8) em alguma designação divina relacionada à aliança, ou seja, Senhor e Rei (Jr<br />

46.18). Este último nome é especialmente significativo em vista dos argumentos<br />

apresentados por M. Kline, T r e a t y o f t h e G r e a t K i n g (Eerdmans, 1963). Muitas passagens<br />

não são corretamente traduzidas, trazendo “assim diz o SEN H O R” , quando deviam<br />

interpretar “oráculo do SEN H O R” . O substantivo deve ser traduzido por algo como: “oráculo<br />

de” (T B , Zc 12.1), “sentença contra” ( a r a ) , “palavra acerca” ( i b b ) , “proclamação — palavra<br />

de I a h w e h sobre” (D J).<br />

As ocorrências do substantivo fora dos livros proféticos revelam muitos temas<br />

interessantes. Uma das passagens cruciais do AT é Gênesis 22.16. Este é o único registro<br />

na história patriarcal em que aparecem juntos este termo e o juramento que Deus faz por<br />

si mesmo (cf. Hb 6.13 e s.). O substantivo também introduz a profecia de Balaão sobre o<br />

ucetro” (Nm 24.15 e ss.). Davi claramente recorda (2 Sm 23.1) tanto a forma quanto o<br />

conteúdo destas duas profecias (cf. KD, in loc.). O ne’um era algo tão certo quanto o<br />

monergismo divino. É claro que a aliança “eterna” com Deus encontra-se divinamente<br />

condicionada à sua aplicação (cf. KD, in loc., 1 Sm 2.30). O significado especial de o<br />

juramento divino sancionar uma aliança é visto na análise, no N T, acerca da diferença<br />

entre a aliança abraâmica (G1 3; Hb 6.16 e ss.) e a mosaica (Ilb 7). O n r’u m de Yahweh<br />

que é dirigido ao “meu Senhor [’ãdõni\n em Salmos 110.1 contém uma aliança sancionada<br />

m um juramento (v. 4; cf Hb 7.21). É interessante que, em Salmos 36.1 [2], temos,<br />

ralmente, “oráculo da transgressão”, o que sugere que a revelação divina reivindica<br />

smitir “transgressão”. [Mas cf NIV, “Um oráculo está dentro do meu coração acerca<br />

transgressão do ímpio”. R.L.H.] Provérbios 30.1 é uma passagem problemática e é<br />

licada por KD como uma afirmação de que aquilo que procede do coração (i.e., as<br />

vras de Agur) é solenemente sincero. Todavia, talvez a idéia de revelação direta de<br />

5também devesse ser incluída.<br />

B i b l i o g r a f i a : — THAT. v. 2, p. 1.<br />

L.J.C.<br />

(n ã ’a p ) c o m e t e r a d u l t é r i o .

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