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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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661 bbn (hãlal)<br />

661c r t/^ n (hãlilâ) lon g e d e [a lg u ém ] fa z e r [a lg u m a c o isa ]; n ã o p e r m ita<br />

D eu s q u e..., substantivo enfático usado como partícula ou interjeição negativa.<br />

661d rfprnn (tfhillâ) in ício, p rim eiro .<br />

A etimologia e o significado básico dessa raiz são desconhecidos. A comparação com<br />

o árabe hll, ‘desobrigar de deveres religiosos”, e com o uso em ugarítico (uma única vez,<br />

Ugarítica V, 3.11.6, “profanação das mãos”, UT, Sup, p. 552) pode indicar seu domínio<br />

semântico.<br />

O verbo e seus derivados são usados 83 vezes, halal é associado com impureza<br />

(tum ’â) e termos semelhantes em que os aspectos físicos, rituais e éticos se sobrepõem.<br />

A raiz hll é usada para assinalar o ato de rebelar-se contra a lei estabelecida por<br />

Deus (Sf 3.4), quebrar a aliança (Sl 55.21) ou os estatutos divinos (Sl 89.31 [32]). Por essa<br />

razão, profanar é usar de forma errada o nome de Deus (Lv 18.21), o sábado (Êx 31.14)<br />

ou o lugar santo, violando assim o seu caráter santo.<br />

As leis levíticas tinham como um dos objetivos proteger os sacerdotes de se<br />

macularem no caráter, no corpo ou nos rituais. Eles poderiam ficar pessoalmente impuros<br />

devido a contato com cadáveres (Lv 21.4). Com respeito a relações sexuais, as regras eram<br />

bastante estritas. O sacerdote poderia casar-se somente com uma virgem do seu próprio<br />

povo (Lv 21.7-15). Nos rituais, o sacerdote não deveria tornar impuras aquelas coisas que<br />

eram santas ao ingerir sacrifícios fora do período estabelecido (quando a comida se teria<br />

estragado naturalmente, Lv 19.8). O lugar santo devia ser protegido mediante proibição<br />

da entrada de “estrangeiros, incircuncisos de coração e incircuncisos de carne” (Ez 44.7).<br />

E possível que o uso primitivo da palavra tenha sido no contexto de relações sexuais,<br />

visto que ela é empregada para designar a profanação, por Rúben, da linhagem de seu pai<br />

(Gn 49.4) ou então a relação sexual com parente próximo, o que era proibido por lei. Tais<br />

ações eram consideradas fornicação e prostituição. A palavra pode, portanto, ser usada<br />

para indicar qualquer ação que vá contra a ordem planejada por Deus.<br />

Em Isaías 47.6 o próprio Deus diz “profanei a minha herança”, indicando com isso<br />

que estava entregando o povo à Babilônia quando estes transgrediram a lei e foram<br />

exilados. Deus fez o mesmo com seus sacerdotes quando eles foram mandados para a<br />

Caldéia (Is 43.28). Assim ele estava agindo de forma a evitar que seu Nome fosse<br />

profanado, isto é, considerado não-santo pelas nações pagãs, muito embora isso<br />

significasse que o santuário, a coroa e o reino de Judá fossem “profanados”.<br />

O grau hifil do verbo é usado apenas duas vezes: uma para referir-se ao Nome<br />

(“nunca mais deixarei profanar o meu santo nome”, Ez 39.7) e à necessidade de os homens<br />

nao violarem a palavra dada quando essa fosse um voto ou um juramento envolvendo<br />

o nome do Senhor (Nm 30.2). Por essa razão o uso freqüente do hifil (106 vezes) com o<br />

sentido de iniciar’ provavelmente não tenha origem na mesma raiz (veja trhillâ, abaixo),<br />

a menos que, possivelmente, ele tenha-se desenvolvido a partir do conceito de libertar-se<br />

de uma obrigação com o intuito de agir de certa maneira, mediante o lançar-se na<br />

empreitada de ficar livre.<br />

hõL P ro fa n id a d e, u su a lid a d e; com um . Este substantivo masculino é usado sete vezes.<br />

Em primeiro lugar , para descrever local não-sagrado (Ez 42.20; 48.15) ou qualquer coisa<br />

não-santa, isto é, ao fazer distinção entre o santo e o comum, até mesmo entre o limpo e<br />

o impuro (Lv 10.10; Ez 22.26; 44.23). Em segundo lugar, em 1 Samuel 21.5, 6, a palavra<br />

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