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BITENCOURT, Cézar Roberto. Tratado de Direito Penal - Parte Geral

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processo <strong>de</strong> atribuição <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> penal. Por<br />

meio <strong>de</strong>ssa linha <strong>de</strong> entendimento, o fundamento da<br />

reprovação <strong>de</strong> culpabilida<strong>de</strong> parece retornar ao rumo<br />

certo, na medida em que resolve <strong>de</strong> maneira satisfatória<br />

boa parte das críticas dirigidas à teoria normativa pura<br />

da culpabilida<strong>de</strong>, sem <strong>de</strong>sembocar nos excessos a que<br />

vem conduzindo a radicalização do pensamento<br />

funcionalista. Com efeito, a teoria da motivabilida<strong>de</strong><br />

pelas normas tem revitalizado o tradicional<br />

entendimento <strong>de</strong> que o juízo <strong>de</strong> culpabilida<strong>de</strong> encerra<br />

um limite ao exercício do ius puniendis estatal,<br />

possibilitando, como veremos no capítulo seguinte, que<br />

essa categoria sistemática do <strong>de</strong>lito continue exercendo<br />

a missão <strong>de</strong> individualização da imputação. E é por<br />

isso que consi<strong>de</strong>ramos que através da teoria da<br />

motivabilida<strong>de</strong> pelas normas a culpabilida<strong>de</strong> po<strong>de</strong><br />

continuar sendo vista como garantia da autonomia<br />

individual e condição <strong>de</strong> legitimida<strong>de</strong> da imposição <strong>de</strong><br />

pena, assumindo, portanto, a missão anteriormente<br />

confiada à teoria normativa pura da culpabilida<strong>de</strong> 75 .<br />

1. Mir Puig, Derecho <strong>Penal</strong>; <strong>Parte</strong> General, Barcelona,

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