11.08.2017 Views

BITENCOURT, Cézar Roberto. Tratado de Direito Penal - Parte Geral

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

3. Princípio da legalida<strong>de</strong><br />

Não resta a menor dúvida quanto à submissão das<br />

medidas <strong>de</strong> segurança ao princípio da reserva legal,<br />

insculpido nos arts. 5º, inc. XXXIX, da Constituição<br />

Fe<strong>de</strong>ral e 1º do Código <strong>Penal</strong>, referentes ao crime e à<br />

pena. Todo cidadão tem o direito <strong>de</strong> saber<br />

antecipadamente a natureza e duração das sanções<br />

penais — pena e medida <strong>de</strong> segurança — a que estará<br />

sujeito se violar a or<strong>de</strong>m jurídico-penal, ou, em outros<br />

termos, vige também o princípio da anteriorida<strong>de</strong> legal,<br />

nas medidas <strong>de</strong> segurança.<br />

A medida <strong>de</strong> segurança e a pena privativa <strong>de</strong><br />

liberda<strong>de</strong> constituem duas formas semelhantes <strong>de</strong><br />

controle social e, substancialmente, não apresentam<br />

diferenças dignas <strong>de</strong> nota. Consubstanciam formas <strong>de</strong><br />

invasão da liberda<strong>de</strong> do indivíduo pelo Estado, e, por<br />

isso, todos os princípios fundamentais e<br />

constitucionais aplicáveis à pena, examinados em<br />

capítulo próprio, regem também as medidas <strong>de</strong><br />

segurança 1 .<br />

4. Pressupostos ou requisitos para aplicação da medida<br />

<strong>de</strong> segurança<br />

a) Prática <strong>de</strong> fato típico punível — É indispensável<br />

que o sujeito tenha praticado um ilícito típico. Assim,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!