11.08.2017 Views

BITENCOURT, Cézar Roberto. Tratado de Direito Penal - Parte Geral

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

CAPÍTULO V - A EVOLUÇÃO EPISTEMOLÓGICA<br />

DO DIREITO PENAL: REFINAMENTO DA<br />

ELABORAÇÃO JURÍDICO-DOGMÁTICA<br />

Sumário: 1. O mo<strong>de</strong>lo neokantista 2. O<br />

ontologismo do finalismo <strong>de</strong> Welzel. 3. Pósfinalismo:<br />

o normativismo funcionalista. 3.1. O<br />

sistema teleológico-funcional <strong>de</strong> <strong>Direito</strong> <strong>Penal</strong><br />

formulado por Roxin 3.2. A radicalização da<br />

sistemática funcional na proposta <strong>de</strong> Jakobs. 3.3.<br />

Consi<strong>de</strong>rações críticas.<br />

1. O mo<strong>de</strong>lo neokantista<br />

A insuficiência do positivismo foi constatada — no<br />

campo jurídico — muito antes na ciência jurídico-penal,<br />

especialmente em sua modalida<strong>de</strong> naturalistasociológica<br />

iniciada por Von Liszt com sua “direção<br />

mo<strong>de</strong>rna”; ao contrário da ciência jurídico-civil, não<br />

houve necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aguardar a transformação das<br />

condições econômico-sociais iniciada com a inflação<br />

que <strong>de</strong>stroçou a República <strong>de</strong> Weimar e consumou-se<br />

com o segundo pós-guerra 1 . Como <strong>de</strong>staca Mir Puig,<br />

“talvez o precoce abandono do positivismo em nossa<br />

ciência penal tenha sido favorecido pela circunstância<br />

<strong>de</strong> que alguns dos filósofos do direito aos quais se<br />

<strong>de</strong>ve a introdução do neokantismo na metodologia

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!