05.04.2015 Views

CPC_06_02

CPC_06_02

CPC_06_02

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Helena Gonçalves Coelho<br />

407<br />

Artigo 261<br />

da tutela jurisdicional. Exegese dos arts. 258, 259 e 260 do <strong>CPC</strong>. Possibilidade<br />

do Juízo de primeiro grau determinar a emenda da inicial, para que a parte<br />

ajuste o valor da causa ao conteúdo econômico da demanda. Precedentes:<br />

REsp. 572.536/PR, DJU 27.<strong>06</strong>.05, AgRg no Ag 460.638/RJ, DJU 23.<strong>06</strong>.03 e REsp.<br />

165.355/MG, DJU 14.12.98. 5. Leciona a doutrina que „o valor da causa não corresponde<br />

necessariamente ao valor do objeto imediato material ou imaterial, em<br />

jogo no processo, ou sobre o qual versa a pretensão do autor perante o réu.<br />

É o valor que se pode atribuir à relação jurídica que se afirma existir sobre tal<br />

objeto‘ (...) Determina-se, portanto, o valor da causa apurando-se a expressão<br />

econômica da relação jurídica material que o autor quer opor ao réu. O valor do<br />

objeto imediato pode influir nessa estimativa, mas nem sempre será decisivo‘ (in<br />

Theodoro Júnior, Humberto. Curso de Direito Processual Civil - Teoria geral do<br />

direito processual civil e processo de conhecimento. Rio de Janeiro: Forense,<br />

2008, pg.325). […]”<br />

(STJ –1ª T. – AgRg no REsp 1.089.211/RJ, Ministro Luiz Fux, DJe de 21.2.2011).<br />

[...]2. É cabível a modificação ex officio do valor atribuído à causa na hipótese em<br />

que o magistrado visualiza manifesta discrepância em comparação com o real<br />

valor econômico da demanda. Precedentes desta Corte. [...] (REsp 12340<strong>02</strong>/RJ,<br />

Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 01/03/2011, DJe<br />

17/03/2011)<br />

Art. 262. O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve<br />

por impulso oficial.<br />

I. Princípio da inércia da jurisdição<br />

O princípio da inércia da jurisdição, previsto no <strong>CPC</strong>, art.2o, determina que “nenhum<br />

juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado<br />

a requerer”. Portanto, a tutela jurisdicional precisa ser provocada pela parte ou<br />

pelo interessado, de acordo com sua vontade, descrita na petição inicial e consubstanciada<br />

no pedido.<br />

II. Princípio dispositivo<br />

A tutela jurisdicional será prestada dentro dos limites da vontade da parte ou<br />

interessado, em decorrência do princípio dispositivo. Assim, é defeso ao juiz<br />

proferir sentença, a favor do autor, de natureza diversa da pedida, bem como<br />

condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado,<br />

conforme <strong>CPC</strong>, 460.<br />

III. Impulso oficial<br />

AUTOR<br />

Helena Gonçalves Coelho

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!