05.04.2015 Views

CPC_06_02

CPC_06_02

CPC_06_02

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Liliane Maria Busato Batista<br />

686<br />

Artigo 401<br />

AUTOR<br />

Liliane Maria Busato Batista<br />

I. Prova exclusivamente testemunhal<br />

A parte que pretende demonstrar a existência do contrato fica inadmitida de<br />

produzir apenas prova testemunhal nos contratos cujo valor exceda o décuplo<br />

do maior salário mínimo vigente no país, ao tempo em que foram celebrados.<br />

A contrario sensu, a existência dos contratos de valores inferiores ao décuplo<br />

do maior salário mínimo vigente no país pode ser provada exclusivamente pela<br />

prova testemunhal. Nestes casos, como o valor envolvido no contrato não é tão<br />

significativo, a norma mitiga o rigor no que se refere a sua comprovação.<br />

JULGADOS<br />

Prova testemunhal<br />

RESPONSABILIDADE. SÓCIOS. SOCIEDADE SIMPLES. NEGÓCIO JURÍDICO.<br />

PROVA TESTEMUNHAL.<br />

In casu, a sociedade empresária recorrida ajuizou, na origem, ação de cobrança<br />

e ressarcimento em desfavor das recorrentes sob a alegação de que o contrato<br />

de prestação de serviços celebrado com a sociedade civil da qual elas eram<br />

sócias – extinta pelo decurso do prazo – não foi cumprido. Esse contrato previa<br />

a elaboração pela recorrida do marketing do texto que seria entregue ao comitê<br />

olímpico quando da apresentação da candidatura de cidade brasileira para sediar<br />

os jogos olímpicos de 2004. Nos recursos especiais, as sócias sustentaram,<br />

entre outras questões, sua ilegitimidade passiva ad causam, a irregularidade da<br />

desconsideração da personalidade jurídica e a impossibilidade de se comprovar<br />

a prestação do serviço por prova exclusivamente testemunhal. Nesse contexto,<br />

a Turma negou-lhes provimento por entender que, nas sociedades cuja<br />

responsabilidade dos sócios é ilimitada – como na hipótese, em que se trata de<br />

sociedade simples –, uma vez exaurido o patrimônio da pessoa jurídica, não é<br />

necessário desconsiderar sua personalidade para que se atinjam os bens dos<br />

sócios, conforme o art. 1.<strong>02</strong>3 do CC/20<strong>02</strong>, o que evidencia a legitimidade das<br />

recorrentes para figurar na demanda. Ressaltou-se ainda que a vedação para<br />

utilizar prova exclusivamente testemunhal descrita nos arts. 401 do <strong>CPC</strong> e 227<br />

do CC/20<strong>02</strong> restringe-se à demonstração da existência do negócio jurídico em<br />

si, não alcançando a verificação dos fatos e circunstâncias atinentes ao contrato.<br />

Precedente citado: EREsp 263.387-PE, DJ 17/3/2003. REsp 895.792-RJ, Rel.<br />

Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 7/4/2011.<br />

Início de prova documental corroborado por prova testemunhal<br />

RECURSO ESPECIAL. PROCESSO CIVIL. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDI-<br />

CIONAL. INOCORRÊNCIA. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL.PETIÇÃO<br />

INFORMANDO A CELEBRAÇÃO DE ACORDO ENTRE AS PARTES. CONTRATO<br />

DE VALOR SUPERIOR AO DÉCUPLO DO SALÁRIO MÍNIMO. INÍCIO DE PROVA

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!