05.04.2015 Views

CPC_06_02

CPC_06_02

CPC_06_02

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Eduardo Talamini e<br />

Felipe Scripes Wladeck<br />

837<br />

Artigo 474<br />

manda para rediscutir a controvérsia, mesmo que com fundamento em novas<br />

alegações, pois o instituto da coisa julgada material – considerada a finalidade<br />

prática que o informa – absorve, necessariamente, “tanto as questões que foram<br />

discutidas como as que o poderiam ser” (LIEBMAN), mas não o foram. A autoridade<br />

da coisa julgada em sentido material estende-se, por isso mesmo, tanto ao<br />

que foi efetivamente arguido pelas partes quanto ao que poderia ter sido alegado,<br />

mas não o foi, desde que tais alegações e defesas se contenham no objeto<br />

do processo (“tantum judicatum quantum disputatum vel disputari debebat”).<br />

Aplicação, ao caso, do art. 474 do <strong>CPC</strong>. Doutrina. Precedentes (STF, Agravo em<br />

MS 25.453/DF, 2ª T., Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJe 18.<strong>06</strong>.2013).<br />

Há de se observar o disposto no art. 473 do <strong>CPC</strong>, que se refere à eficácia preclusiva<br />

da coisa julgada, assegurando a impossibilidade de se rediscutir questões<br />

já definitivamente decididas, invocando-se mudanças no quadro fático ou jurídico<br />

da relação estabelecida entre as partes, se, à época em que a lide estava em<br />

curso, a parte poderia tê-las suscitado e não o fez<br />

(STJ, Agravo no REsp 1.031.113 DF, 5ª T., Rel. Min. FELIX FISCHER, DJe 23.<strong>06</strong>.008).<br />

Em observância à estabilidade das relações jurídicas, todas as questões que as<br />

partes poderiam suscitar no processo de conhecimento têm-se como deduzidas<br />

e decididas, com a superveniência do trânsito em julgado da sentença, o que<br />

se denomina efeito preclusivo da coisa julgada. Inteligência dos arts. 467, 468 e<br />

474 do <strong>CPC</strong><br />

(STJ, Petição 2.516/DF, 3ª S., Rel. Min. ARNALDO ESTEVES LIMA, DJ 20.11.20<strong>06</strong>,<br />

p. 268).<br />

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA RURAL POR IDADE. COISA JULGADA MA-<br />

TERIAL. 1. Estando presentes as mesmas partes, causa de pedir e pedido, deve<br />

ser reconhecida a existência de coisa julgada material, nos termos do artigo 267,<br />

inciso V, do <strong>CPC</strong>. 2. O fato de a causa de pedir ser aparentemente diversa da<br />

ação anterior não obriga este Tribunal a enfrentá-la, não havendo que se falar<br />

em aplicação do art. 515, § 3º do Código de Processo Civil. Isso porque, in casu,<br />

trata-se do que a doutrina convencionou chamar de eficácia preclusiva da coisa<br />

julgada, a qual impede que nova demanda seja proposta para rediscutir a lide,<br />

com base em novas alegações. Inteligência do art. 474 do <strong>CPC</strong><br />

(TRF4, AC 0<strong>02</strong>4660-46.2009.404.7000, 6ª T., Rel. Des. LUÍS ALBERTO D’AZEVEDO<br />

AURVALLE, DE 20.05.2010).<br />

COISA JULGADA. CARACTERIZAÇÃO. DEMANDAS COM PARTES, CAUSA DE<br />

PEDIR E PEDIDO IDÊNTICOS. SENTENÇA ANTECEDENTE. IMPROCEDÊNCIA<br />

DOS PEDIDOS ANTE A AUSÊNCIA DE DEPÓSITO DAS DIFERENÇAS DA CON-<br />

TRIBUIÇÃO QUE COMPETE AO PARTICIPANTE DO PLANO COMPLEMENTAR<br />

DA FUNDAÇÃO COPEL. NOVA DEMANDA QUE VISOU CORRIGIR O LAPSO.<br />

PRECLUSÃO. ART. 474 DO <strong>CPC</strong>. IMPOSSIBILIDADE DE DISCUTIR O DEDUZI-<br />

DO E SUSCITAR O DEDUTÍVEL. Tratando-se de demandas com partes, causa<br />

de pedir e pedidos idênticos, opera-se a eficácia preclusiva da coisa julgada,<br />

impedindo-se, pois, a rediscussão do tema, considerando que a primeira sentença,<br />

confirmada pelo Tribunal, é definitiva, ou seja, põe fim ao processo com a

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!