05.04.2015 Views

CPC_06_02

CPC_06_02

CPC_06_02

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Eduardo Talamini e<br />

Felipe Scripes Wladeck<br />

830<br />

Artigo 471<br />

for de ordem pública ou versar sobre direito indisponível, já que o próprio dispositivo,<br />

em seu inciso II, prevê o seu afastamento “nos demais casos prescritos<br />

em lei”<br />

(STJ, REsp 1.244.469/RS, 2ª T., Rel. Min. MAURO CAMPBELL MARQUES, DJe<br />

16.05.2011).<br />

PROCESSUAL CIVIL. RECONHECIMENTO DE INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA. IN-<br />

EXISTÊNCIA DE PRECLUSÃO PRO JUDICATO. 1. A Segunda Seção do STJ, ao<br />

julgar o REsp 1.<strong>02</strong>0.893/PR (Rel. p/acórdão Min. João Otávio de Noronha, DJe<br />

de 7.5.2009), decidiu que a questão relativa à competência absoluta é de ordem<br />

pública e não está sujeita aos efeitos da preclusão. Assim, se o juízo for absolutamente<br />

incompetente, a nulidade é absoluta ante a falta de pressuposto processual<br />

de validade, podendo ser arguida a qualquer tempo e grau de jurisdição<br />

pelas partes. De fato, inexiste preclusão pro judicato para o reconhecimento<br />

da incompetência absoluta (CC 108.554/SP, 2ª Seção, Rel. Min. Nancy Andrighi,<br />

DJe de 10.9.2010; REsp 1.054.847/RJ, 1ª Turma, Rel. Min. Luiz Fux, DJe de<br />

2.2.2010; CC 1<strong>02</strong>.531/PR, 2ª Seção, Rel. Min. Nancy Andrighi, DJe de 6.9.2010)<br />

(STJ, REsp 1.331.011, 2ª T., Rel. Min. MAURO CAMPBELL MARQUES, DJe<br />

28.08.2012).<br />

Diante do principio da garantia da segurança jurídica, deve-se observar que a<br />

proibição, do artigo 471 do <strong>CPC</strong>, de que o juiz não pode decidir o que já foi por<br />

ele decidido (Preclusão “Pro Judicato”), a mesma não abrange questões de ordem<br />

pública, como a ausência de citação válida.<br />

(TJPR, AI 817.319-1, 12ª CC, Rel. Des. ANGELA MARIA MACHADO COSTA, DJe<br />

31.07.2012).<br />

ADMINISTRATIVO. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. AFASTADA. CON-<br />

DIÇÃO DA AÇÃO. NÃO ALCANÇADA PELA PRECLUSÃO. CONCURSO PÚBLI-<br />

CO. CLASSIFICAÇÃO. VAGAS OFERTADAS NO EDITAL. NÃO CONFIGURA ATO<br />

VINCULADO. MERA EXPECTATIVA. OPORTUNIDADE E CONVENIÊNCIA DO PO-<br />

DER PÚBLICO. 1. A preclusão pro judicato não alcança as questões de ordem<br />

pública, que a qualquer tempo e grau de jurisdição podem ser conhecidas<br />

(extinto TAPR, ACR 259577-1, 9ª CC, Rel. Des. NILSON MIZUTA, DJ 17.09.2004,<br />

p. 146 a 158).<br />

Relações continuativas<br />

Tratando-se de relação jurídica continuativa, afasta-se, na hipótese, a alegação<br />

de existência de coisa julgada - art. 471, I do <strong>CPC</strong>. Violação não caracterizada<br />

(STJ, REsp 5<strong>06</strong>.440/RS, 5ª T., Rel. Min. JOSÉ ARNALDO DA FONSECA, DJ<br />

10.05.2004, p. 330).<br />

EXECUÇÃO DE SENTENÇA. TAXA DE JUROS. NOVO CÓDIGO CIVIL. VIOLAÇÃO<br />

À COISA JULGADA. INEXISTÊNCIA. ART. 4<strong>06</strong> DO NOVO CÓDIGO CIVIL. TAXA<br />

SELIC. 1. Não há violação à coisa julgada e à norma do art. 4<strong>06</strong> do novo Código<br />

Civil, quando o título judicial exequendo, exarado em momento anterior ao<br />

CC/20<strong>02</strong>, fixa os juros de mora em 0,5% ao mês e, na execução do julgado,<br />

determina-se a incidência de juros previstos nos termos da lei nova...

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!