05.04.2015 Views

CPC_06_02

CPC_06_02

CPC_06_02

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Eduardo Talamini e<br />

Felipe Scripes Wladeck<br />

833<br />

Artigo 472<br />

A sentença de mérito em princípio faz coisa julgada em face do substituto processual,<br />

mas não necessariamente em face do substituído. A sua vinculação à<br />

coisa julgada depende de que o substituído tenha tido: (i) prévia oportunidade<br />

de exercer a ação e não o tenha feito; (ii) possibilidade de ciência do processo<br />

em que ocorria sua substituição, sendo-lhe permitido, caso queira, ingressar<br />

nesse processo (exemplos: <strong>CPC</strong>, art. 42, observados determinados requisitos;<br />

Lei 12.016/2009, art. 3º; Lei 6.404/1976, art. 159, §§ 3º e 4º etc.). Exemplos de<br />

casos em que o substituído não fica vinculado à coisa julgada: Lei 8.560/1992,<br />

art. 2º, §§ 4º e 5º; Lei 8.9<strong>06</strong>/1994, art. 54, II.<br />

V. Causas relativas ao estado de pessoa<br />

A segunda parte do dispositivo tem redação defeituosa. A coisa julgada virá a<br />

atingir os supostos “terceiros” (sic) precisamente porque, tendo sido citados,<br />

eles assumiram a condição jurídica de partes. Não há exceção nenhuma nessa<br />

regra, que apenas explicita a necessariedade de litisconsórcio passivo nas<br />

ações a que se refere.<br />

VI. Terceiros intervenientes<br />

Serão abrangidos pela coisa julgada sempre que, mediante a intervenção, assumam<br />

a condição de parte. É o que ocorre com o terceiro na assistência litisconsorcial,<br />

denunciação da lide, oposição, chamamento ao processo e nomeação<br />

autoria. Não é o que se dá na assistência simples e na intervenção do<br />

amicus curiae. O assistente simples submete-se às consequências previstas no<br />

art. 55 do <strong>CPC</strong>, que não se identificam com a coisa julgada.<br />

JULGADOS<br />

Coisa julgada não atinge terceiros<br />

A sentença faz coisa julgada entre as partes que intervieram na relação processual<br />

(<strong>CPC</strong>, art. 472), não se estendendo a terceiros estranhos ao processo, quer<br />

para beneficiá-los, quer para prejudicá-los. Res inter alios judicata tertiis nec<br />

prodest, nec nocet<br />

(STF, Agravo no MS 23.221/DF, 2ª T., Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ 14.<strong>06</strong>.20<strong>02</strong>,<br />

p. 149).<br />

3. A coisa julgada material produz efeitos entre as partes, não sendo apta a prejudicar<br />

a parte que deveria figurar no polo passivo da ação. Além disso, a ausência<br />

de citação ou a citação inválida configuram nulidade absoluta insanável<br />

por ausência de pressuposto de existência da relação processual<br />

(STJ, REsp 695.879/AL, 4ª T., Rel. Min. MARIA ISABEL GALLOTTI, DJe 07.10.2010).<br />

AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE ATO JURÍDICO. EXTINÇÃO POR RE-<br />

CONHECIMENTO DE COISA JULGADA. INEXISTÊNCIA DO ÓBICE. AUSÊNCIA<br />

DE LEGITIMAÇÃO EXTRAORDINÁRIA DA PARTE QUE AGIU NA AÇÃO ANTERI-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!