05.04.2015 Views

CPC_06_02

CPC_06_02

CPC_06_02

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Maria Lucia Lins Conceição<br />

950<br />

Artigo 497<br />

A regra do <strong>CPC</strong>, art. 497, no que se refere ao agravo de instrumento, deve ser<br />

analisada em conjunto com o <strong>CPC</strong>, art. 558, que admite a concessão de efeito<br />

suspensivo ao recurso, desde que demonstrada a existência de risco de lesão<br />

grave e de difícil reparação, e a relevância a fundamentação. O efeito suspensivo<br />

somente poderá ser atribuído mediante requerimento da parte. Nos termos<br />

do <strong>CPC</strong>, art. 527, parágrafo único, não cabe recurso da decisão que nega ou<br />

concede efeito suspensivo ao agravo. A parte prejudicada poderá, entretanto,<br />

lançar mão do Mandado de Segurança.<br />

Súmula nº 634 do STF: “Não compete ao Supremo Tribunal Federal conceder<br />

medida cautelar para dar efeito suspensivo a recurso extraordinário que ainda<br />

não foi objeto de juízo de admissibilidade na origem”.<br />

Súmula nº 635 do STF: “Cabe ao Presidente do Tribunal de origem decidir o<br />

pedido de medida cautelar em recurso extraordinário ainda pendente do seu<br />

juízo de admissibilidade”.<br />

JULGADOS<br />

Atribuição de efeito suspensivo ao Recurso Extraordinário<br />

AGRAVO REGIMENTAL NA AÇÃO CAUTELAR. PROCESSUAL CIVIL. ATRIBU-<br />

IÇÃO DE EFEITO SUSPENSIVO A RECURSO EXTRAORDINÁRIO ADMITIDO NA<br />

ORIGEM. 1. A atribuição de efeito suspensivo a recurso extraordinário é medida<br />

excepcional, que somente se justifica se houver: a) plausibilidade da argumentação<br />

a tornar provido o recurso extraordinário; e b) demonstração pela parte de<br />

que a manutenção dos efeitos da decisão recorrida causará danos irreparáveis<br />

ou de difícil reparação ao recorrente. Precedentes. 2. Agravo regimental ao qual<br />

se nega provimento. (STF, AC 3337 AgR, Segunda Turma, Rel.: Min. Cármen<br />

Lúcia, j. em 28/05/2013).<br />

A concessão de eficácia suspensiva ao apelo extremo, para legitimar-se, supõe<br />

a conjugação necessária dos seguintes requisitos: (a) que tenha sido instaurada<br />

a jurisdição cautelar do STF (existência de juízo positivo de admissibilidade do<br />

recurso extraordinário, consubstanciado em decisão proferida pelo Presidente<br />

do Tribunal de origem), (b) que o recurso extraordinário interposto possua viabilidade<br />

processual, caracterizada, dentre outras, pelas notas da tempestividade,<br />

do prequestionamento explícito da matéria constitucional e da ocorrência de<br />

ofensa direta e imediata ao texto da Constituição, (c) que a postulação de direito<br />

material deduzida pela parte recorrente tenha plausibilidade jurídica e (d) que se<br />

demonstre, objetivamente, a ocorrência de situação configuradora do periculum<br />

in mora. (STF, AC-QO 69/RJ, Segunda Turma, Rel.: Min. Celso de Mello, j. em<br />

26/8/2003).<br />

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, ordinariamente, tem recusado<br />

concessão de medida cautelar pertinente a recurso extraordinário que sofreu, na<br />

origem, juízo negativo de admissibilidade. Precedentes. - Cabe, no entanto, excepcionalmente,<br />

a suspensão cautelar de eficácia do acórdão objeto do recurso

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!