21.05.2018 Views

01 -SÚMULAS E OJS DO TST COMENTADAS E ORGANIZADAS POR ASSUNTO (Élisson Miessa e Henrique Correia ed. 2016)

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

contrato de trabalho, nos termos do quantitativo fixado m<strong>ed</strong>iante negociação coletiva,<br />

manter a condenação ao pagamento dos respectivos reflexos. <strong>TST</strong>-E-RR-414600-<br />

67.2009.5.09.0325, SBDI-I, rel. Min. João Oreste Dalazen, 13.6.2<strong>01</strong>3 (Informativo nº<br />

51)<br />

Horas in itinere. Prefixação. Norma coletiva. Validade.<br />

A SDC, por unanimidade, negou provimento ao recurso ordinário do Ministério Público<br />

do Trabalho da 18ª Região, confirmando decisão do Regional que manteve cláusula<br />

de convenção coletiva de trabalho que pré-fixou em uma hora o tempo a ser pago a<br />

título de horas in itinere aos trabalhadores rurais do setor canavieiro de todo o Estado<br />

de Goiás. Na espécie, prevaleceu o entendimento de que é possível, por meio de<br />

negociação coletiva, estipular um montante de horas itinerantes a serem pagas, não se<br />

admitindo apenas a supressão da parcela, sua fixação desproporcional ou, ainda, a<br />

retirada do caráter salarial, do direito aos respectivos reflexos ou do adicional de<br />

horas extras. Na espécie, restou consignado que embora os trabalhadores de alguns<br />

municípios necessitassem de longo período de locomoção, os empregados de outras<br />

cidades da região perfaziam o percurso até o trabalho em período próximo ao<br />

prefixado, razão pela qual o tempo de uma hora não se mostrou abusivo em relação ao<br />

tempo efetivamente gasto pelo conjunto de trabalhadores submetidos à cláusula,<br />

considerando-se não os casos individuais, mas a dinâmica das empresas envolvidas e<br />

as variadas distâncias entre os pontos de acesso e as frentes de trabalho. <strong>TST</strong>-RO-415-<br />

74.2<strong>01</strong>1.5.18.0000, SDC, rel. Min. Mauricio Godinho Delgado, 9.9.2<strong>01</strong>3 (Informativo<br />

nº 58)<br />

Horas “in itinere”. Base de cálculo. Fixação por meio de norma coletiva.<br />

Impossibilidade.<br />

É inválida a norma coletiva que estabelece o salário normativo como base de cálculo<br />

das horas “in itinere”, porquanto as horas de percurso possuem a mesma natureza das<br />

horas extras, devendo ser calculadas como tal. Com esse entendimento, a SBDI-I, por<br />

unanimidade, conheceu dos embargos, por divergência jurisprudencial e, no mérito, por<br />

maioria, negou-lhes provimento. Vencidos os Ministros Ives Gandra Martins Filho,<br />

relator, Aloysio Corrêa da Veiga, Dora Maria da Costa e Maria Cristina Irigoyen<br />

P<strong>ed</strong>uzzi. <strong>TST</strong>-E-ED-RR-135000-41.2008.5.15.0036. SBDI-I, rel. Min. Ives Gandra<br />

Martins Filho, r<strong>ed</strong>. p/ acórdão Min. Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, 18.10.2<strong>01</strong>2<br />

(Informativo nº 26)<br />

Horas in itinere. Supressão por meio de norma coletiva. Concessão de outras vantagens<br />

aos empregados. Invalidade.<br />

É inválido instrumento coletivo que exclui o direito às horas in itinere, ainda que<br />

m<strong>ed</strong>iante a concessão de outras vantagens aos trabalhadores. O pagamento das horas

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!